Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Ações e intervenções: Um relato de experiência no Coletivo Negro Alexandrina
Andreza Cristina da Costa Silva, Claúdia Regina Brandão Sampaio

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


O Coletivo Negro Alexandrina composto por discentes de graduação e pós-graduação da UFAM e também de outras instituições universitárias e educacionais, surgiu em maio de 2016 através de atividades do Coletivo Feminista Baré, ambos originados dentro da Universidade Federal do Amazonas. O Coletivo possui como objetivo principal combater o racismo dentro da instituição acadêmica, e para isso articula ações como o grupo de estudos de autoras e autores negros, o grupo de trabalho acerca do encarceramento da juventude negra no Brasil e atividades externas como intervenções em bairros da cidade e encontros de mulheres negras. Em função desse cenário, minha participação no grupo teve início no fim de 2016 através da minha pesquisa de mestrado que possui como temática a construção da identidade da mulher negra em Manaus. A partir disso, muitas ações foram construídas e efetivadas durante o ano de 2017, em especial o I Encontro de Mulheres Negras da Amazônia que ocorreu na cidade de Manaus e o regional que aconteceu em Belém/PA.  O encontro estadual foi promovido pela Rede Fulanas, uma organização de mulheres negras da Amazônia e contou com o apoio do Coletivo Negro Alexandrina, do Coletivo Feminista Baré, Coletivo Difusão e do Encrespa Geral. O encontro aconteceu no dia 21 de outubro de 2017 em Manaus reunindo mais de trinta mulheres negras, e o encontro regional aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de novembro na cidade de Belém reunindo mulheres negras de Tocantins, Amapá, Manaus, Belém e de outros Estados da região norte. Os encontros foram de suma importância para a mobilização de atividades e intervenções para a população negra, construindo ações voltadas e pensadas por mulheres negras que fazem parte da região amazônica, lugar que nega e invisibiliza a sua existência. Além disso, proporcionou ao Coletivo Negro Alexandrina um momento histórico na sua luta, conhecendo e estreitando os laços afetivos com outras mulheres negras afro amazônidas, fortalecendo a nossa rede de solidariedade, apoio e de resistência. Em suma, vivenciar esse espaço de mobilização social foi e está sendo importante para a minha construção enquanto pesquisadora, militante e mulher negra na Amazônia, atravessando esses espaços e papeis sociais que interligam-se de forma dialética e que constroem a pessoa que sou.


Palavras-chave


movimento social, população negra, coletivos negros