Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-05-07
Resumo
Apresentação: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, independente de sua etiologia. As políticas públicas de proteção social vieram como tentativas de diminuir as desigualdades e injustiças relacionadas ao sistema capitalista e também em reinvindicações por melhores condições de trabalho, garantindo assim a equidade, a integralidade e a qualidade do cuidado em saúde. Devemos sempre ressaltar que a Atenção Primária de Saúde (APS) deve sempre atender as necessidades de toda a população, sem fazer nenhum tipo de distinção e isto envolve famílias de crianças que convivem com Transtorno do Espectro Autista (TEA) oferecendo imediato apoio quanto aos cuidados básicos de saúde, ao diagnóstico, a prevenção de agravos e as ofertas de reabilitação e cuidados contínuos. Compreende-se que o TEA e um distúrbio de desenvolvimento neurobiológico que apresenta sinais normalmente nos primeiros dois anos de vida, com comprometimento verbal e não verbal, interação social e padrões de comportamento característicos; desta forma a atenção básica e o profissional de enfermagem tem como objetivo integrar tanto a família quanto o profissional na realidade deste cliente. Objetivo: analisar o entendimento de pais/cuidadores de pessoas que estão no Espectro Autístico acerca do transtorno. Desenvolvimento: Tratou-se de uma pesquisa avaliativa, descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. O cenário de investigação foi a cidade de Caxias, utilizando como campo de pesquisa a Associação de Amigos do Autista; a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e o Centro de Atenção Psicossocial infantil. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista aplicada a 31 cuidadores/pais de crianças que estão no Espectro Autista. Resultados: Poucos cuidadores possuem um conceito formado sobre o TEA; no que se refere aos comportamentos da criança que mais incomodam, citaram birras, nervosismo, autoagressão e hiperatividade e que a maioria dos entrevistados percebe como satisfatória a qualidade de vida das crianças. É perceptível a falha existente em relação a implantação das ações e serviços de saúde necessários ao acompanhamento de crianças no TEA, sobretudo quando voltadas pra a Educação em Saúde. Considerações finais: O TEA é uma temática complexa, por isso, por vezes a pessoa que o apresenta tenha diversos problemas os pais/cuidadores acreditam que os mesmos podem ter boa qualidade de vida e desenvolver comportamentos comuns a todas as crianças, o que exige do sistema de saúde, social e educacional um cuidado individualizado, sugere-se que os gestores, profissionais e serviços de saúde consigam agir em conjunto, estimulando o desenvolvimento das pessoas que vivem no TEA e observando as reais necessidades e apontando oportunidades de inclusão que favoreçam a socialização e a qualidade de vida de tais pessoas.