Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O atendimento psicoterápico a pessoas portadoras do HIV/AIDS em um Hospital de Referencia
KÁSSIA PEREIRA LOPES, JOÃO LUCAS DA SILVA RAMOS

Última alteração: 2017-12-26

Resumo


Desde os anos 80, as infecções sexualmente transmissíveis – IST’s, tem tomado à atenção dos setores preocupados com a saúde pública. Inicialmente, devido a maior incidência das IST’s em uma parcela da sociedade, desencadeou na estigmatização deste público, fortalecendo o preconceito. No entanto, atualmente devido ao aumento gradativo do número de pessoas infectadas, qualquer pessoa sexualmente ativa está dentro do grupo de risco. A falta de acesso à informação acerca das ISTs, o tratamento, acabam por colaborar com o contágio. Serviços testagem são realizados em Unidades Básicas de Saúde e em Hospitais de Referencia, em que consiste na realização de exames de Elisa 1 e Elisa 2, e caso seja positivo, o acompanhamento médico e medicamentoso é iniciado, após a realização de outros exames para confirmação.

Neste trabalho estaremos relatando como ocorre o atendimento para esse público que já está manifestando a AIDS, com as infecções oportunistas, atendimento específico dentro de um Hospital público na cidade de Manaus que atua com essa população. Cabe ainda, relatar que o atendimento a soropositivos pelo profissional psicólogo ocorre de duas maneiras: A primeira, quando o paciente solicita o exame de sorologia, é então realizado esse acompanhamento inicial para que este compreenda como se dará o processo desde  retirada do material até o resultado final. Após esse processo, caso seja positivo e o paciente aceite atendimento psicoterápico, é encaminhado então a outro profissional, para a realização da psicoterapia. A segunda maneira compreende quando a doença já se manifesta a partir de infecções oportunistas e neoplasias, e este paciente encontra-se internado em unidade hospitalar para tratamento. Então é realizada além da escuta clínica no leito, a psicoeducação sobre a doença e qualidade de vida, enfatizando a importância e necessidade de se tomar a medicação corretamente, da obtenção de hábitos alimentares saudáveis.

O sigilo do diagnóstico caso o paciente não se sinta preparado ainda para compartilhar seu diagnóstico com outras pessoas, apesar de aconselhar que este escolha alguém de sua confiança para confidencializar o que está sendo objeto de angústia ou sofrimento psíquico, e caso este paciente deseje após alta hospitalar, continuidade em acompanhamento psicológico, é então agendado semanalmente ou conforme a disponibilidade do paciente a continuidade da escuta clínica através da psicoterapia.

Apesar da importância do acompanhamento psicológico, a elaboração do luto vivenciado pelo paciente soropositivo impede-o que o mesmo muitas vezes aceite a ajuda profissional, isolando-se, porquanto o HIV/AIDS ainda é tido como algo próximo da morte ou mórbido. Cabe então, aos profissionais que lidam com este publico, levantar estratégias para atenção e cuidado a este público.


Palavras-chave


IST's; HIV; AIDS; Acompanhamento Terapêutico; Psicologia Hospitalar; Psicoterapia.