Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL: ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
Mayara Cardoso, Jade Barreto, FABIANA ALCÂNTARA, André Oliveira, Tatiana Barreto

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


A presente pesquisa tem por objetivo discutir a saúde mental de adolescentes vítimas de violência sexual, exaltando a interferência da violência na vida deles, delimitando o perfil e a vulnerabilidade ao qual estão impostos. Por meio disso, incute a enfermagem como profissão que possui autonomia para executar medidas de tratamento, cuidados, assistência e prevenção para esse tipo de abuso, que assola um grande percentual do público infanto-juvenil. Este é um trabalho de revisão bibliográfica, em que se realizou leitura de 36 artigos com seleção de 21 artigos. Trata-se, de método explicativo em que busca discorrer acerca das complicações na vida adolescente, que são gerados diante da exposição à violência sexual. Os critérios de seleção basearam-se de acordo com o ano de publicação, métodos utilizados, abordagem do tema e levantamento de dados. Através da análise dos artigos, é perceptível que as consequências implicam principalmente na saúde mental, que desencadeiam aversão ao convívio social, isolamento, transtornos psíquicos, depressão, baixo autoestima, sentimento de culpa, medo, insônia, conflitos com a sexualidade e uso de drogas como refúgio. Esses prejuízos podem ser provisórios, conforme superação da vítima, ou podem perpetuar em longo prazo. Os dados mostram que ao longo dos anos o perfil das vítimas de abuso sexual se restringe ao mesmo quadro: adolescentes do sexo feminino entre 11 e 19 anos em média, sendo violentadas por pessoas próximas e conhecidas dentro da sua própria residência. No entanto, é demostrado que os profissionais de enfermagem se sentem inseguros ou consideram não estar aptos a lidar com essa situação principalmente quando o abuso é efetuado por um membro da família.  Dessa forma, muitos profissionais não reconhecem a sua autonomia em prover os cuidados específicos para pacientes vítimas de violência sexual, delegando para outros profissionais essa função. Portanto, para que a enfermagem use de suas atribuições e responsabilidades promovendo ações de saúde as vítimas de violência sexual, é imprescindível conhecer o perfil desses adolescentes e as consequências provocadas por esse trauma, tendo em vista, que esses profissionais possuem um contato maior com a comunidade. Entretanto, a fim de que o trabalho de enfermagem traga bons resultados, é substancial que haja investimento na capacitação da equipe de enfermagem para essas situações. Essa capacitação deve ser iniciada dentro da universidade e continuada no campo de atuação profissional, possibilitando a formação qualificada da enfermagem na execução de cuidados significantes para as vítimas de violência sexual.


Palavras-chave


Enfermagem; Abuso Sexual; Adolescente; saúde mental