Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Análise Espacial dos casos de Zika Vírus no município do Rio de Janeiro nos anos de 2015 e 2016
Paula Barbosa da Conceição, Denise Campos Verginio, Lilia Marques, Guilherme Werneck

Última alteração: 2018-01-06

Resumo


Apresentação:

Desde os anos 50 o Zika Vírus é conhecido, mas a perplexidade frente à sua disseminação e o seu impacto no Brasil foram causas suficientes para estabelecer situação de emergência em Saúde Pública pelo Ministério da Saúde. Entre 2015 e 2016, o vírus se disseminou pelo Brasil com a suspeita de que o aumento dos casos de distúrbios neurológicos poderia ter vínculos com a infecção. Essa situação resultou em uma intensa mobilização de recursos e articulações entre Estados e Municípios para enfrentar esse desafio, motivo de grande preocupação para Saúde Coletiva.

Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi descrever a distribuição espacial das taxas de incidência do Zika vírus no município do Rio de Janeiro nos anos de 2015 e 2016 de forma a contribuir para o conhecimento da epidemiologia da doença e identificar as áreas prioritárias para intervenção.

Desenvolvimento: O presente trabalho foi um exercício teórico-prático da disciplina Geoprocessamento oferecida pelo curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro onde foi realizado o levantamento dos casos de Zika vírus e da população do Rio de Janeiro nos anos de 2015 e 2016, para a obtenção desses dados do Sistema de Informação da Secretaria Municipal de Saúde do RJ. No site do IBGE foi feita a busca pela malha do município do RJ e para o geoprocessamento dos dados foi utilizado o programa TerraView® como ferramenta para a análise espacial.

Resultados:

Os mapas mostram a distribuição das taxas de incidência de Zika vírus nos bairros do município do RJ nos anos de 2015 e 2016, após análise comparativa percebe-se um expressivo aumento nos índices de 2016. Podemos atribuir esse resultado ao fato da doença só ter entrado para a lista nacional de notificação compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública em fevereiro de 2016, devido à gravidade dos casos de microcefalia e da síndrome de Guillain Barré.

Segundo a análise dos índices Moran Map e Box Map podemos identificar as áreas de maior risco, principalmente por suas vizinhanças, que são as zonas oeste, sul e centro com o propósito de desenvolver ações que proporcionem medidas de prevenção e controle da doença nessas áreas prioritárias.

Considerações Finais:

A partir do geoprocessamento das informações de saúde, podemos visualizar a distribuição das taxas do Zika vírus nos bairros do município do RJ.

Os mapas produzidos indicam as áreas de maior vulnerabilidade e nessas localidades a vigilância epidemiológica do município deverá realizar ações prioritárias, tornado assim a tomada de decisão mais eficiente e adequada ao contexto de cada território.

 

 


Palavras-chave


Análise espacial; Geoprocessamento; Vigilância epidemiológica; Saúde Coletiva; Zika Vírus