Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ryana de Souza Aparício, Maria do Livramento Coelho Prata, Rosijane Bentes Duarte, Layana de Souza Rebolças, Milaine Nunes Gomes Vasconcelos, Daniela Maia Neves Coelho, Ananda Motta Cavalcante, Sandy Catarine Cunha Ferreira

Última alteração: 2018-01-24

Resumo


Apresentação: Por muitos anos a mulher foi sinônimo de um ser reprodutivo, no entanto a luta incessante dos movimentos feministas mudou esse cenário com a conquista do PAISM (programa de assistência integral a saúde da mulher) onde a mulher passa a receber assistência em todas as fases da vida inclusive no climatério. A organização Mundial de Saúde define climatério como uma fase biológica da vida da mulher, compreendendo a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. A menopausa é um marco dessa fase e corresponde ao último ciclo menstrual que acontece frequentemente entre 48 a 50 anos. É possível acontecer algumas alterações, estruturais ou na função ovariana, ocasionado pela diminuição da produção de estrogênio e aumento das gonadotrofinas hipofisária. Essa é a realidade técnico cientifica da mulher no Climatério cabendo ao profissional identificar e saber conduzi-la, proporcionando a mulher o enfrentamento da melhor forma possível. É importante incorporar em sua prática a escuta qualificada e individualizada, promovendo saúde por meio de educação de saúde. O objetivo deste estudo é relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem a partir do uso de estratégias de educação em saúde na consulta ginecológica.

Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Usuária de 62 anos procurou atendimento com queixa de leucorréia recorrente, de coloração amarela, com odor e prurido vaginal persistente. Após a análise do prontuário constatou-se que a paciente já havia procurado a unidade básica diversas vezes pelas mesmas queixas e nos atendimentos anteriores  realizou tratamento medicamentoso com Metronidazol, alternando somente a via de administração de via oral para via vaginal .Durante a consulta realizou-se as etapas do processo de enfermagem , diante de vários questionamentos, identificou-se que a higiene intima após as evacuações estava sendo inadequada,  de modo que utilizava papel higiênico no sentido ânus-vagina, levando, portanto, contaminação da área perianal para a vagina, ocasionando os quadros de vaginose de repetição. Desse modo, realizou-se educação em saúde sobre cuidados higiênicos, através da metodologia dialógica e com demonstração de álbum seriado, fomentando tal importância, além do compartilhamento de outras informações inerentes a sexualidade e demais prováveis alterações nesta fase.

Resultados: A partir da intervenção a usuária  retornou quatro meses depois da consulta informando melhora significativa, com a ausência das sintomatologias recorrentes, sem o uso de tratamento medicamentoso, fomentando a importância das informações que lhe foram dadas e que estas foram compartilhadas com seus familiares, levando a uma reflexão sobre a própria saúde e mudanças no estilo de vida. Tal fato que foi constatado na realização do exame especular.

Considerações finais: O relato evidencia que os profissionais ainda que qualificados não estão preparados para assistir a mulher no climatério, há uma preocupação por parte destes em tratar a redução gradativa do estrogênio por meio da medicalização e deixam de realizar ações que venham promover saúde e prevenir possíveis doenças ocasionadas por essa deficiência, contextualizando a necessidade de ações de educação em saúde que mudem o cenário através da promoção da saúde e prevenção de doenças.

 

 


Palavras-chave


Educação em saúde; climatério; assistência de enfermagem