Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Avanços no monitoramento do cuidado de pessoas vivendo com HIV/Aids em Santa Catarina
Ana Talita Nienov, Dulce MAria Brandão de Castro Quevedo, Edi Sperandio

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


Apresentação: Santa Catarina ocupou em 2015 o segundo lugar do país em relação a taxa de detecção de casos de Aids , com 31,9 casos/100 mil hab, e o sexto lugar na taxa de mortalidade (7,6 casos/100 mil hab). Além disso, o estado possui 10 de seus municípios incluídos no ranking dos 100 municípios do Ministério da Saúde, relativos a questões Aids.  Diante desse cenário, o estado tem investido em ações específicas e focadas no controle da epidemia e na redução da mortalidade no estado, dentre elas a meta de manter 90% das pessoas diagnosticadas em tratamento (TARV), seguindo diretrizes do Ministério da saúde.

Desenvolvimento: Uma das ferramentas utilizadas para isso é o Sistema de Monitoramento Clínico (SIMC) de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA). O objetivo do referido sistema é a redução do gap de tratamento por meio do monitoramento clínico dessas pessoas, ou seja, todas as pessoas diagnosticadas com indicação de tratamento e que não estão em TARV. Obtém-se essa informação a partir do cruzamento de diversos bancos de dados. Dessa forma é possível que os serviços identifiquem numérica e nominalmente as pessoas que deveriam estar em tratamento, mas não estão, e então, buscá-las, ofertar e iniciar o tratamento antirretroviral, mantendo a adesão ao mesmo, com o objetivo de chegar a uma carga viral suprimida.

Resultados e/ou impactos: Comparou-se o gap do estado de Santa Catarina nos períodos de janeiro/17 com o de novembro/17, considerado o atual. Em Santa Catarina o gap atual foi de 8.933 pessoas, sendo que 78,4% destes foram analisados pelos municípios, ou seja, 7007 casos, permanecendo 1926 pendentes de análise. Apesar do aumento de número de casos analisados e da redução das pendências de análise, eles seguem velocidades de tendências diferentes. O desafio da diminuição das pendências de análise permanece, ou seja, sua localização e inclusão dos indivíduos em tratamento. Ao analisar o número de pessoas que saíram do gap, em novembro de 2017 no estado de Santa Catarina, 5.881 (65,83% do gap total) estavam em tratamento, contra 4.628 em janeiro de 2017; 241 recusavam-se a tratar, contra 227, em janeiro, e foram registrados 141 óbitos contra 91 comparando os períodos de janeiro e novembro. O grande ganho do período foi a inclusão/retorno de 1253 indivíduos em tratamento.

Considerações Finais: A adesão ao tratamento das PVHA é um grande desafio para os serviços e profissionais de saúde, mas de extrema importância para o sucesso da TARV e consequentemente da carga viral indetectável. O SIMC é uma ferramenta importante no monitoramento da adesão das PVHA à TARV, e pode ajudar os serviços de saúde no resgate dessas pessoas para avaliação e condutas necessárias para modificar o cenário atual da epidemia no estado.

Palavras-chave


Aids; monitoramento clínico