Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHANTE NO TRATAMENTO DO PACIENTE ACOMETIDO POR LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA.
Isabelle Vasconcelos de Sousa, Samuel Lima Ferreira, Arinete Véras Fontes Esteves, Ellen Pessoa Rocha

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) abrange aproximadamente 80% de todos os casos de câncer em crianças e se tornou o mais comum na faixa etária pediátrica, representando cerca de 30% das doenças malignas em pacientes com menos de 15 anos de idade. A LLA ocorre quando células-tronco se tornam linfoblastos, linfócitos B ou T e não se maturam, resultando assim em células funcionalmente comprometidas, incapazes de combater infecções. O tratamento é longo e extenuante, podendo ocasionar o desfecho de cura em anos ou a não resposta à terapia, submetendo o paciente a vários protocolos de tratamentos em busca da melhoria do quadro clínico e sobrevida. Objetivo: Analisar resultados obtidos sobre pacientes acometidos com LLA tratados na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHEMOAM), destacando a relevância do acompanhante no tratamento do paciente. Metodologia: Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, de caráter documental, sobre os casos de 43 pacientes tratados na FHEMOAM portadores de LLA, na faixa etária de 0 a 19 anos incompletos, no período de janeiro a dezembro de 2014. Resultados e/ou impactos: Durante a pesquisa realizada, observou-se através dos dados obtidos que as faixas etárias de 4 e 6 anos apresentaram valor significante de 20,9%, acompanhados pela idade de 3 e 5 anos com 9,3% cada, os adolescentes apresentaram um menor percentual de acometimento da doença. A idade do diagnóstico dos pacientes é precoce, já que 64,9% dos pacientes diagnosticados com esta doença apresentavam entre 01 e 05 anos de idade. Identificou-se a prevalência de acompanhantes do sexo feminino (N=92,6%). Os acompanhantes com idade menor que 30 anos representaram 20% do total, enquanto os que possuem mais de 30 anos, 80%. As preocupações das mães concentravam-se em enfrentar os sintomas físicos do paciente provenientes da situação de tratamento, dando importância à criança e dedicando integralmente seu tempo para cuidar do filho. Ainda que haja apoio para essa criança e seu acompanhante, o impacto da doença no seu núcleo familiar é massivo. No processo de enfrentamento das dificuldades conhecidas, estas devem ser contornadas através de uma comunicação efetiva com os envolvidos no cuidado da criança, e as tomadas de decisões devem ser partilhadas. Considerações finais: A Leucemia Linfoblástica Aguda é uma doença crônica em que o sistema imunológico do paciente se torna debilitado, sua maior incidência ocorre em crianças abaixo de 5 anos, estabelecendo uma responsabilidade maior aos acompanhantes em relação ao início/manutenção do tratamento. Deve-se envolver o acompanhante como um dos agentes ativos no processo do cuidar, estabelecendo uma relação através da educação em saúde e levando em consideração seus conhecimentos, que também são importantes para um cuidado eficiente na prevenção de infecções oportunistas e suas consequências.


Palavras-chave


Câncer; Infância; Familiar