Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-26
Resumo
Introdução: As plantas medicinais representam um fator de grande importância para a manutenção das condições de saúde das pessoas e parte importante da cultura de um povo. Objetivo: Caracterizar o perfil dos comerciantes e catalogar as etnoespécies usada na medicina popular através das feiras no Município de Imperatriz-MA. Metolodogia: Foram aplicados questionários do tipo semiestruturado em 6 feiras. As plantas foram coletadas e identificadas a partir de bibliografia especializada. As indicações terapêuticas condizem com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde proposta pela Organização Mundial da Saúde. Resultados: Quanto ao perfil dos entrevistados, os maiores índices correspondem a pessoas: do sexo feminino (66,6%), nativos do Estado, idades acima de 36 anos (83,3%), residentes com familiares (100%), casados (50%), com mais de quatro filhos (66,6%). Constatou-se que a aquisição de conhecimento dos feirantes ocorre pelo repasse de gerações. Foram listadas 39 espécies, sendo a família Leguminosae a mais citada. Dentre as etnoespécies com maiores citações de usos destaca-se: Schinus terebinthifolia Raddi, Pimpinella anisum L., Matricaria chamomilla L., Melissa officinalis L., Hibiscus sabdariffa L. e Peumus boldus Molina. As partes mais usadas foram: folhas (26,78%), cascas e entrecascas (23,21%) e flor (14,28%). As indicações mais citadas foram: anti-inflamatório, constipação e calmante, utilizando-se principalmente sob a forma de chá (42,85%). Considerações Finais: Durante a entrevista constatou-se que todos retiram do comércio de plantas o subsidio familiar. Porém, nenhum comerciante indicou a substituição dos medicamentos comercializados por medicamentos naturais. A proposta enfatizada é aumentar as opções terapêuticas para os profissionais da saúde e pacientes.