Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PROJETO DE EXTENSÃO FLORESCER: Saúde, Educação e as Práticas Integrativas, Populares e Complementares em Saúde.
Michele Neves Meneses, Marcos Aurélio Matos Lemões, Maria Conceição Moreira dos Santos, Liamara Denise Ubessi, Elizabeth Martinez Buenabad, Ramona Fernanda Ceriotti Toassi

Última alteração: 2018-01-16

Resumo


Indo ao encontro do conceito da Organização Mundial da Saúde,  que trata a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de doenças, a formação em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vê os processos de ensino-aprendizagem como oportunidades de transformar os sujeitos para acolher e cuidar, pois irá trabalhar no sentido de sensibilizar futuros(as) profissionais da saúde a visualizarem e ampliarem o seu cuidado de forma mais integral e integradora do ser humano devendo sempre considerar em relação os âmbitos mental, emocional, físico e espiritual. Logo, esse trabalho relata a experiência do projeto de extensão universitária Florescer, cujo objetivo é o repensar da relação que as pessoas mantém consigo mesmas, com os outros, com a natureza e o Cosmos, atuando desde o campo do cuidado em saúde. O projeto consistia no desenvolvimento da formação e exercício em Práticas Integrativas, Complementares, Populares e Ancestrais em Saúde de estudantes do curso de graduação em Enfermagem, de uma Faculdade Particular no Extremo Sul do Brasil no período de setembro de 2016 até outubro de 2017.  O grupo de extensão foi formado por 15 estudantes, com encontros mensais, adotando uma concepção ampliada de saúde, focada nas práticas integrativas, populares e complementares de cuidado. Ainda, o projeto integra a formação profissional da Enfermagem no campo da saúde e no social, as PICS sob abordagem quântica, alinhado aos princípios da Política Nacional de Educação Popular em Saúde. Também, várias dessas práticas, bastante conhecidas e acessíveis à maioria da população, ajudam na promoção da autonomia enquanto usuários(as) do SUS, no empoderamento social, tendo potencial para trazer uma  menor dependência da lógica medicamentosa, medicalocêntrica e mercantilista da saúde. Os estudantes participantes do projeto de extensão após experenciarem o processo de formação em PICS com oficinas realizadas na academia, os quais foram capacitados em Reiki Usui Tibetano Tradicional Nível I, Dançaterapia, Arte e Saúde, Espiritualidade e Saúde, Noções Básicas de Fitoterapia e outras, exercitaram seus saberes nas Tendas do Afeto Popular em eventos (atividades coletivas na forma de Tenda com metodologias de discussão de temas relevantes à saúde, saúde mental, educação, meio ambiente, controle social, democracia e cuidado em saúde da Educação Popular em Saúde) e em oficinas de Educação Popular em Saúde em comunidades da periferia. Ademais, o projeto fez articulação com o Coletivo Povaréu Sul (coletivo de militantes do SUS composto por educadores populares, estudantes, profissionais de saúde, terapeutas holísticos e usuários do SUS). Assim, acredita-se que a construção de novas formas de cuidar em saúde deve partir de experiências concretas, sendo essencial o exercício e o contato com as comunidades nesse processo de aprendizagem para uma formação acadêmica comprometida com a realidade da saúde da população.

 

 


Palavras-chave


Formação em saúde; Práticas Integrativas em Saúde, Educação Popular em Saúde, Enfermagem.