Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A EXPERIÊNCIA NO AMAZONAS DO GRUPO ESPECIAL DE SUPERVISÃO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL
Nilson Massakazu Ando, Camila Zamban de Miranda, Frantchesca Fripp dos Santos

Última alteração: 2018-01-16

Resumo


Apresentação: O Programa Mais Médicos (PMM), criado em 2013 (Lei nº 12.871), em seu eixo de provimento, garantiu a presença de profissionais médicos em locais de difícil acesso, no qual havia escassez e/ou falta desses profissionais, com o objetivo de fortalecer a cobertura, a oferta e o acesso a serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). O programa também prevê a supervisão acadêmica para estes profissionais, através de atividades com médicos supervisores e tutores, vinculados a universidades públicas.

Desenvolvimento do trabalho: Com a finalidade de garantir a supervisão acadêmica em áreas de difícil acesso, foi criado em dezembro de 2014, pelo Ministério da Educação (MEC), o Grupo Especial de Supervisão (GES), composto por médicos supervisores e tutores de todo o Brasil que, com o apoio logístico do Ministério da Defesa, chega a localidades distantes para realizar atividades da supervisão acadêmica. O Amazonas foi o primeiro Estado de atuação do GES, contando atualmente com 02 tutores e 20 supervisores, todos especialistas em Medicina de Família e Comunidade e/ou Saúde da Família, com experiências em docência e preceptoria. Os supervisores intercalam visitas presenciais (supervisão in loco), com atividades à distância (supervisão longitudinal), acompanhando o atendimento dos profissionais do programa e o trabalho das equipes, discutindo casos, contribuindo com a formação e reflexão do processo de trabalho nos territórios. Mensalmente realizam-se encontros de Educação Permanente (EP) presenciais ou por webconferência, entre tutores e supervisores. Nestes encontros são discutidos temas relevantes no campo da Saúde da Família e metodologias de supervisão à distância.

Resultados e/ou impactos: Atualmente, o GES no Amazonas realiza a supervisão acadêmica de aproximadamente 97 médicos do PMM que atuam em 18 municípios (Amaturá, Barcelos, Carauari, Canutama, Eirunepé, Envira, Fonte Boa, Itamarati, Japurá, Juruá, Jutaí, Maraã, Novo Aripuanã, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Iça, São Paulo de Olivença, Tapauá e Tonantins) e áreas de Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), espalhados no interior do Estado. Entre as metodologias de supervisão acadêmica a distância foi desenvolvido uma cartilha de orientação para os novos gestores municipais, um questionário para apoio ao acompanhamento longitudinal e um questionário para levantamento de temas a serem trabalhados ao longo do ano com os médicos do programa e equipe.

Considerações finais: A supervisão acadêmica pelo GES, em áreas de difícil acesso no Amazonas, contribui para a qualificação do PMM e, consequentemente, da APS, através do encontro de supervisores qualificados com profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) no interior do Amazonas, viabilizando a presença dos médicos do PMM em localidades distantes e mostrando-se uma ferramenta eficaz de EP para médicos, supervisores e tutores envolvidos.

Palavras-chave


Programa Mais Médicos; supervisão; tutoria