Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PREVALÊNCIA DE SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE EM TEFÉ (AM)
EDINILZA RIBEIRO SANTOS, NOÉLIA COSTA RODRIGUES, ANTÔNIO FELIPE OLIVEIRA REGO SEGUNDO, DAYANNE DE SOUZA DANTAS, WANDREY DA COSTA LEMOS SOUZA, WENDEL MENEZES DE AZEVEDO, MARIA ADRIANA MOREIRA

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


Introdução. A síndrome de burnout tem sido identificada entre profissionais de saúde. Incapacitação, alto custo econômico para a sociedade e para o indivíduo, absenteísmo, queda de produtividade, alta rotatividade de profissionais, uso abusivo de tranquilizantes, de álcool e outras drogas estão entre os fatores associados. Objetivo. Avaliar a ocorrência da síndrome de burnout nentre trabalhadores que atuam na atenção básica, relacionando com características individuais e categorias profissionais. Método.  Estudo transversal descritivo, conduzido com Enfermeiros, Médicos, Cirurgiões Dentistas, Auxiliares de Enfermagem (AE) Auxiliares de Saúde Bucal (ASB), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Técnicos Administrativos (TA) que atuam nas Unidades Básicas (UBS) de Saúde da área urbana de Tefé. A Síndrome de burnout foi avaliada com escala Maslach Burnout Inventory - MBI. Esse instrumento é constituído de três dimensões e conta com 22 itens (9, 5 e 8 respectivamente para as dimensões “exaustão emocional”, “despersonalização” e “realização pessoal”). As respostas dizem respeito à frequência com que o participante percebe o sentimento ou a atitude descrita na assertiva. Essa frequência está distribuída em seis categorias com seus respectivos escores: nunca (0), algumas vezes ao ano (1), no máximo uma vez ao mês (2), algumas vezes ao mês (3), uma vez por semana (4), poucas vezes por semana (5) e diariamente (6). Para classificação de casos são somados os escores e utilizados pontos de corte, gerando três níveis de gravidade de cada dimensão (baixo, moderado e alto), conforme estabelecido na literatura. Foi realizada análise descritiva. Resultados. Do total de profissionais elegíveis (N=220), participaram do estudo 194 (88%), a média de idade foi 36 anos (variação de 18 a 65 anos), 80% do feminino, 86,6% oriundo do estado do Amazonas, 7% mora sozinho e 85% pertence a uma religião. A maioria é casada ou em união estável (70%), dois terços têm escolaridade máxima de ensino médio (75%). A distribuição proporcional por categoria profissional foi: 52,2% de ACS, 16% de técnico administrativo (TA), 11,3% de técnico ou auxiliar de enfermagem (TE/AE), 6,7% de Enfermeiros, 6,2% de médicos, 2,1% de cirurgião dentista (CD) e 1% de auxiliar de saúde bucal (ASB). O vínculo trabalhista para a maioria é temporário (85%), apenas 8% tem vínculo efetivo com a prefeitura. A jornada de trabalho é de 40 horas para 87% dos participantes. A prevalência da síndrome do esgotamento profissional foi 31,9%. A distribuição dos participantes segundo os níveis de gravidade de cada dimensão mostrou que a exaustão emocional e a decepção (sentimentos de baixa realização profissional) tiveram maior influência sobre a ocorrência da síndrome de burnout. A análise por categoria profissional mostrou que o nível alto de exaustão emocional foi mais frequente entre enfermeiros (15,4%), seguido por TE/AE (13,6%), médicos (8,3%). O nível alto da dimensão decepção foi mais prevalente para TE/AE (36,4%), seguido por ACS (34,9%), TA (29%), enfermeiro (23%). Considerações finais. Os resultados apontaram para necessidade de implantação de medidas que minimizem os efeitos da exaustão emocional e dos sentimentos de baixa realização profissional, priorizando as categorias profissionais mais afetadas.

Palavras-chave


Saúde do Trabalhador; Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família