Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O papel da gestante no plano gestacional: Percepções de acadêmicos de Medicina durante o estágio em Saúde da Mulher
José Victor Santos Neiva, Mariana Borges Dantas, Luana Sanches da Costa Sanches da Costa, Douglas de Souza Pereira, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Alladin Anderson Ramos Barbosa

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


APRESENTAÇÃO: O empoderamento feminino crescente nos diversos meandros da sociedade moderna traz à tona a discussão da maior autonomia por parte da mulher quanto a decisão de seu plano gestacional. O maior conhecimento, fortemente impulsionado pelo desenvolvimento de pesquisa na área da Saúde da Mulher, tem proporcionado cada vez mais benefícios e autonomia para o sexo feminino, buscando um parto humanizado, com menos riscos ao recém-nascido e também a gestante. Entretanto, é importante destacar os desafios enfrentados pelas mulheres no atendimento no serviço público de saúde. As limitações – desde o pré-natal ao puerpério - impostas por problemas estruturais nas maternidades e unidades básicas de saúde, o despreparo e preconceito de obstetras em relação a um plano de parto alternativo, a falta de informação dos pacientes e agentes de saúde. Várias nuances que merecem uma discussão rica sobre o tema. DESCRIÇÃO DE EXPERIÊNCIA: Estudo baseado na experiência do Estágio em Saúde da Mulher, que proporcionou o maior conhecimento da realidade da Maternidade Doutor Moura Tapajós, expondo todo o seu funcionamento, desde a admissão à sala de parto, bem como a abordagem da paciente em diversas situações de risco, sua assistência ao pré-parto e o puerpério. RESULTADOS: A observação desta realidade proporcionou uma visão mais realista quanto ao pré-natal e puerpério no serviço público de saúde, revelando uma face precária do atendimento às diversas gestantes que procuram a maternidade e a falta de participação dessas nas escolhas que tangem seus quadros clínicos. De fato, várias medidas são adotadas na maternidade buscando o maior conforto e saúde à mãe e ao neonato, entretanto são, na maioria das vezes, ineficientes dadas as limitações estruturais do serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do observado na maternidade referida, torna-se peremptória a iniciativa de maior abordagem de alternativas de planos gestacionais nas Unidades Básicas de saúde, com vistas a fornecer maiores informações às gestantes, visto que muitas delas sequer possuem conhecimento suficiente para fundamentar sua decisão, que representa sua autonomia quanto ao seu corpo e da nova vida que gesta. Além disso, maior discussão quanto à formação dos profissionais em saúde, sobremaneira os obstetras, com debate, pesquisa e formação de conhecimento científico, com o objetivo de construção de um profissional atualizado e a par de diversos tipos de abordagem à gestante.

Palavras-chave


Obstetrícia; educação médica; gestante; maternidade