Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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SAÚDE COLETIVA NO CAMINHO DAS ÁGUAS: RESIDENTES E A (RE)LEITURA DOS CONTRASTES TERRITORIAIS DE RECIFE COMO FONTE CRÍTICA DE POESIA
MIKAEL LIMA BRASIL, RAFAELLA MIRANDA MACHADO, ROBSON DA COSTA GALVÃO, JOÃO PEDRO SOBRAL NETO, NAYARA RANIELLI DA COSTA, FRANCISCO JAIME RODRIGUES DE LIMA FILHO, MAURICÉA MARIA DE SANTANA

Última alteração: 2017-11-03

Resumo


A Saúde Coletiva traz perspectivas que rompem os paradigmas ortodoxos dos modelos decisórios em Saúde Pública e levanta uma nuance social das relações profissional-ambiente de cunho humanístico, abarcando diversos saberes ao seu campo de trabalho, entre eles a Geografia e suas representações nas relações que se estabelecem nos distintos espaços. Estas, permeadas por mecanismos de poder que interferem substancialmente nas práticas dos profissionais sanitaristas e implicam no processo saúde-doença. Assim, este trabalho se delineia pelo objetivo de refletir contrastes territoriais vivenciados por residentes em Saúde Coletiva no caminho percorrido pelas águas do rio Capibaribe, Recife-PE. Logo, esta experiência vem contar, de forma sucinta, o desenvolvimento de uma das aulas da disciplina Território e Saúde do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva do Instituto Aggeu Magalhães – FIOCRUZ-PE a bordo do catamarã com fins compreender os contrastes socioespaciais que configuram a cidade e produzem reflexos na condição de vida e necessidades de saúde da população. Para tanto, a poesia foi encontrada como alternativa para sustentar as palavras que aqui são delineadas e funcionou como a produção da vivência dos residentes naquele local: TERRITÓRIO QUE PULSA VIDA: O que fomos naquele espaço encontrar / Sabores de cultura deliciar / Em versos fomos convidados a conhecer / Paisagens que a vida veio conceber / Lugares que trouxeram, sem falar, histórias / Reproduzidas pelas potências de suas memórias / Conhecemos pontes que emanam poesia / Vimos trabalhadores em sua função com maestria / Encontramos imagens que trouxeram singularidades / Muitas vezes, permeadas por desigualdades / Nossos olhos enxergaram territórios de poder / Fortes relações para refletir um reviver / Críticas se fundamentaram também em obrigados / A vista pela qual fomos agraciados / Assim temos novas perspectivas para o território / Pois nele a saúde e a poesia se fazem em saber notório. Portanto, na perspectiva de um olhar sistemático para a estrutura que possui construção histórico-cultural em uma ótica de reflexões sobre o território, observou-se que as nuances produzidas pelas potencialidades do ambiente são fundamentais para que as práticas de profissionais sanitaristas se considerem a partir do espaço para os quais as políticas públicas e o planejamento das ações de saúde irão se direcionar, encarando o campo como um sistema vivo e o seu (re)conhecimento como ponto fundamental para a práxis em Saúde Coletiva.


Palavras-chave


Saúde Coletiva. Território. Poesia.