Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Violência Obstétrica na perspectiva da puérpera
ELYADE NELLY PIRES ROCHA CAMACHO, Natalia Fernandes Cunha, Liliani Medeiros Lopes, Luzilene de Carvalho Lira, Elisa da Silva Feitosa, Fabio Feitosa Camacho

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Introdução: A violência obstétrica subtrai de forma brusca a autonomia da mulher, desta forma passando a ser uma mera coadjuvante em uma das fases mais importantes de sua vida onde o profissional de saúde de forma errônea se torna o protagonista de todo o processo assim a parturiente torna-se vulnerável e submissa a uma condição que a agride, descaracteriza e fragiliza. Objetivo: Descrever a percepção das puérperas em relação a violência obstétrica. Método: Estudo do tipo descritivo com abordagem qualitativa, realizada em um hospital de referência em saúde da mulher e da criança do estado do Pará. O estudo teve como amostra dez puérperas. O instrumento para coleta dos dados foi um roteiro de entrevista semiestruturada individualizada com perguntas subjetivas e abertas.A pesquisa foi submetida à avaliação da Plataforma Brasil conforme a resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da instituição Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, conforme o número de Parecer: 2.306.230. CAAE: 75721317.9.0000.5171. Resultados: O estudo evidenciou a falta de informação que a maioria das puérperas tem em relação a violência obstétrica, pois a maioria se quer não sabiam que o termo violência obstétrica existia o que acaba propiciando que as mesmas passem por situações de violência e não percebem o que estão vivenciando. Considerações finais: A violência obstétrica ainda está muito enraizada na assistência prestada à parturiente durante o processo parturitivo. Nesta pesquisa evidenciamos a falta de conhecimento das puérperas frente as situações que caracterizam violência obstétrica, muito se deve também a falta de informação sobre este assunto. A atenção ao parto necessita de mudanças que priorizem a autonomia e o protagonismo da mulher frente a esse período de extrema importância, torna-se então necessário que haja uma transformação no modelo de assistência à saúde da mulher durante a gestação e o parto.



Palavras-chave


Parto Normal; Violência; Mulher