Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-26
Resumo
Introdução: A violência obstétrica é qualquer ato ou intervenção que descaracteriza a posição de protagonista da mulher durante o seu processo parturitivo, são ações realizadas sem o esclarecimento e a sua permissão expressa ou em desrespeito a sua integridade física e mental, aos seus sentimentos, suas escolhas e seu processo reprodutivo. Esta violência torna evidente o uso abusivo dos profissionais de saúde com relação a sua autoridade e manejo dos corpos e da sexualidade das mulheres no decorrer do trabalho de parto, parto, pós-parto e puerpério, proporcionando um ambiente intervencionista e medicalizado. Objetivo: Descrever situações observadas durante assistência prestada as parturientes que caracterizam violência obstétrica. Método: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicas de enfermagem, durante o estágio supervisionado referente a disciplina enfermagem obstétrica em uma maternidade localizada na região metropolitana de Belém/PA no segundo semestre de 2017, no turno da tarde. Descrição da Experiência: Durante o período do estágio supervisionado foi possível observar situações realizadas por profissionais de saúde que caracterizam violência obstétrica, tais como: uso de ocitocina de forma rotineira, violência obstétrica de cárter psicológico principalmente com palavreados intimidadores, uso sem indicação de episiotomia, e a não permissão em alguns partos da presença do acompanhante. Condições essas que frente a atuais discussões ja deveriam está sendo abolidas do atendimento ao ciclo gravídico puerperal, contudo, são situações frequentes no cotidiano dessas parturientes. Considerações finais: Durante a vivência neste estágio supervisionado foi possível concluir que os profissionais da saúde devem por meio de qualificações prestar uma assistência humanizada, menos invasiva, esclarecedora e integral, respeitando o protagonismo e a autonomia das mulheres durante seu processo parturitivo, evitando que estas passem por situações que as violem e removam seus direitos, assim desvinculando o parto de um momento violento, torna-se então necessário que haja uma transformação no modelo de assistência à saúde da mulher durante a gestação e o parto.