Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E ESTADO DE SAÚDE DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS
Rafaela Guerreiro, FRANCISCO SILVEIRA, YAN OLIVEIRA, ERIKA DO NASCIMENTO, ARIANE SANTOS, LUCAS NASCIMENTO, INÊS STREIT

Última alteração: 2018-02-15

Resumo


INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população em nível mundial é um fenômeno recente e os idosos brasileiros representam, atualmente, 14,3% da população total. Nessa perspectiva é fundamental entender o processo de envelhecimento, bem como as alterações que ocorrem nesse período da vida, para que a promoção de saúde voltada a esse público seja efetiva. A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente, evidenciando-se que e a atividade física é um fator determinante para o envelhecimento saudável. Sendo assim, o presente estudo objetivou apresentar o perfil sociodemográfico e de saúde de idosos praticantes de atividade física do Programa Idoso Feliz Participa Sempre (PIFPS). MÉTODO: Fizeram parte do estudo 34 idosos participantes do PIFPS, desenvolvido na Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Foi aplicado questionário em forma de entrevista, com questões sociodemográficas, idade, sexo, escolaridade, religião, estado civil, renda e de saúde (percepção subjetiva do estado de saúde e presença de doenças), por meio de entrevista. Também foram realizadas medidas antropométricas para verificar o Índice de Massa Corporal – IMC dos idosos, verificando massa corporal e estatura.  Para a análise estatística foi utilizado o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 22.0. RESULTADOS: A análise dos dados mostrou que os idosos apresentaram uma faixa etária compreendida entre 60 e os 84 anos (Mediana = 67,50 anos DP=±7,27); estatura (Mediana= 1,51 DP=±0,763). Quanto a renda, 52,9% relataram receber acima de dois salários mínimos mensais e 32,2% até dois salários mínimos e em relação ao nível de escolaridade, verificou-se que 58,8% completou mais de 8 anos de frequência escolar e 41,2% até 8 anos; sendo 85,3% da amostra composta pelo sexo feminino e apenas 14,7% sexo masculino. No que concerne os dados relativos a religião 91,2% são católicos e 8,8% evangélicos. De acordo com os resultados referentes ao IMC, evidenciou-se que 63,6% apresentou sobrepeso, 21,2% obesidade e apenas 15,2% peso adequado. Cerca de 67,6% da amostra reportou apresentar um bom estado de saúde, enquanto 32,2% considerou ruim e 79,4% relataram com diagnóstico de alguma doença crônica não transmissível (DCN), sendo 59,3 com hipertensão arterial, 11,1 cardiopatias, 14,8 artrite, 7,2% artrite reumatoide e 22,2% dor lombar. CONCLUSÃO: A participação de idosos em programas de atividades físicas deve ser incentivada, já que há um decréscimo do nível de atividade física com o aumento da idade cronológica, principalmente no público masculino onde foi possível encontrar uma baixa adesão por parte desta população, visto que, a prática gera benefícios para ambos os gêneros e melhora no estado de saúde geral. As evidências epidemiológicas apresentadas permitem concluir que a atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são necessárias para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Além disso, a atividade física deve ser estimulada não somente no idoso, mas também no adulto, para prevenção e controle das DCN’s que aparecem mais frequentemente na terceira idade e como forma de manter a independência funcional.

 


Palavras-chave


Idoso; Envelhecimento; Atividade Física; Perfil de Saúde.