Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PROPED-PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PEDIÁTRICA: AÇÕES EXTENCIONISTAS E VIVÊNCIAS EM PRÁTICA CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA
Michelle Alexandrina dos Santos Furtado, Ayrles Silva Gonçalves Barbosa Mendonça

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


O desenvolvimento motor humano é considerado como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, maturação cerebral, quadro patológico/clínico e fatores socioambientais. A literatura demonstra que a intervenção precoce e programada pode ser benéfica para prevenir, minimizar ou reabilitar o atraso no desenvolvimento motor, relacionados à quadros patológicos ou inespecíficos. Neste sentido, crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se apresentem com risco de atrasos, merecem atenção e ações específicas, já que os problemas de coordenação e controle do movimento poderão se prolongar até a fase adulta. A Fisioterapia, enquanto área da saúde, tem a responsabilidade de contribuir para a melhora no desenvolvimento infantil, especialmente quando relacionadas à evolução da motricidade. Dessa forma, o objetivo geral do presente trabalho foi descrever as ações do Projeto de Extensão “PROPED-Programa de Reabilitação Pediátrica”, o qual é vinculado à Universidade Federal do Amazonas e ocorre desde 2013. O PROPED visa promover programas de reabilitação pediátricos, direcionados para cada paciente e quadro patológico/deficiência, objetivando a melhoria das condições físicas, desenvolvimento motor, funcionalidade, alcance dos marcos motores e melhora da qualidade de vida. Sem esquecer das orientações dadas aos familiares e/ou cuidadores, os quais possuem um importante papel na terapia da criança, pois, quando presentes, os fazem parte integrante nas atividades do dia-a-dia, levando à redução no estresse e ansiedade, favorecendo o desempenho das habilidades funcionais e o aumento do nível de independência das crianças em relação ao cuidador. Para tanto, os discentes, colaboradores e os coordenadores do projeto realizaram atendimento de fisioterapia pediátrica, desde sua criação, em mais de 200 crianças, realizando também orientações aos pais e/ou cuidadores, discussão dos casos clínicos e adaptação do ambiente à ludicidade pediátrica. As patologias tratadas mais prevalentes foram a paralisia cerebral espástica e atáxica, porém fizeram parte do repertório de atendimento também, a mielomenigocele, síndrome de West, hidrocefalia, síndrome de moebis, torcicolo postural, pé torto congênito, atrasos motores “inespecíficos”, paralisia do plexo braquial, luxação congênita de quadril, displasia de quadril e síndrome de Down. Desse modo, as ações do referido projeto alcançaram os objetivos propostos, tendo em vista que atingiram cerca de 470 pessoas (entre acadêmicos de fisioterapia, fisioterapeutas, pacientes e cuidadores), fornecendo não só atendimento de qualidade, mas também garantindo informações acerca da patologia envolvida, orientações sobre o prognóstico patológico e encaminhamentos para médicos, psicólogos, nutricionistas, serviço social e ortesistas. Tal projeto propiciou ainda vivência prática aos  alunos envolvidos, uma vez que os mesmos, além de receberem treinamento especializado, puderam realizar condutas fisioterapêuticas, estabelecendo objetivos e métodos de tratamento, atuando na elaboração de cartilhas de orientação, realizando avaliações e aplicação de escalas confiáveis e validadas e, principalmente, enfrentando o desafio da experiência pediátrica, em que há a exigência de atuação lúdica atrelada aos complexos conceitos, técnicas, métodos e protocolos fisioterápicos.


Palavras-chave


Desenvolvimento infantil; Reabilitação; Fisioterapia