Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM O CRESCIMENTO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS EM UM HOSPITAL DO ESTADO DO AMAZONAS
Helen Cristine Albuquerque Bezerra, Stéfany Albuquerque Braga, Bruna da Silva Simões, Karla Christina Bernardes, Auriane Bessa da Silva, Hernou Oliveira Bezerra, Paulo Henrique Lira Matos

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


O número de doações de órgãos no Brasil ainda é insuficiente para o contingente de pessoas que necessitam e, para muitos é a única alternativa de tratamento para algumas doenças terminais. No Estado do Amazonas essa realidade não é diferente, é preocupante o crescimento entre a alta demanda por transplante de órgãos e o baixo número de notificações e índice de transplante. Observa-se que o não reconhecimento da morte encefálica, entrevista familiar, manutenção clínica do doador falecido e contra indicações mal atribuídas são muitos dos problemas de oferta que estão associados à falha no processo de doação. Este estudo teve como objetivo monitorar a eficácia das notificações para diminuir a recusa familiar para o possível doador de órgãos e apresentar os dados do primeiro semestre de 2017. Trata-se de um estudo retrospectivo de caráter exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, que realizado por meio de análise do relatório de notificações na rede de urgência e emergência do Hospital e Pronto Socorro João Lúcio Pereira Machado no primeiro semestre de 2017. Foram notificados 65 potenciais doadores, onde 21 familiares entrevistados 7 apenas doaram, 10 familiares recusaram, 18 pacientes evoluíram para PCR antes do fechamento do protocolo e 9 contra indicações. CONCLUSÃO. O desconhecimento dos profissionais que atuam na rede de urgência sobre o tema, vai de encontro com o modelo espanhol, que refere que não há falta de doadores, mas sim que os mesmos não são identificados em tempo hábil, e com isso, os dados mostram o desperdício e a precariedade na condução do manejo dos possíveis doadores de órgãos que se encontram em morte encefálica, dificultando a rede de transplantes e o acesso da população na utilização do transplante de órgãos como medida de tratamento para algumas patologias e melhora da qualidade e sobrevida dos potenciais receptores que aguardam por transplante.


Palavras-chave


Transplante de órgãos, doação de órgãos, morte encefálica