Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Roda de conversa "Humanização, o melhor tratamento": um relato de experiência
Larissa Ádna Neves Silva, Heloisa do Nascimento de Moura Meneses

Última alteração: 2018-01-02

Resumo


INTRODUÇÃO: O acolhimento dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS) é uma estratégia de mudança para a reorientação dos processos mecanizados de trabalho, visando garantir os direitos de todos, quanto ao acesso e a integralidade na atenção e modificando as relações entre profissionais e usuários, visto que a Atenção Básica é a porta de entrada para os usuários dos serviços de saúde. Os usuários diariamente buscam dos profissionais, atenção, apoio, escuta e a resolução dos seus problemas, remetendo-se a situações de desconforto em grandes filas de espera, e constrangimentos quanto a sua realidade social. Estes, por vezes desconhecem a existência de Políticas e direitos que favorecem o seu processo saúde/doença. OBJETIVO: Informar sobre a Política Nacional de Humanização aos moradores do Bairro Mapiri, no município de Santarém/PA. MÉTODOS: A proposta foi desenvolvida na ação social: BI em Saúde na Comunidade, realizada em março de 2017. Este trabalho foi desenvolvido durante a disciplina de Interação na Base real, do curso Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal do Oeste do Pará. Esta disciplina tem como proposta aproximar os discentes da comunidade, formando vínculos e tornando-os protagonistas na resolutividade do problema. Durante a ação social foi realizada uma roda de conversa que contou com a presença de três intermediadoras: duas psicólogas e uma conselheira de saúde e apresentou dois momentos: aproximação das pessoas à realidade da humanização do cotidiano de trabalho por meio de dinâmica de grupos e apresentação do conteúdo de forma discursiva, promovendo o diálogo entre os participantes. A dinâmica foi denominada “Situações que eu passei”, no qual os participantes descreviam uma situação inesquecível de humanização ou de falta de humanização no atendimento ou no trabalho. Ao final foi entregue aos participantes a Carta dos Direitos dos Usuários ilustrada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As intermediadoras, inicialmente, discorreram sobre os princípios e diretrizes da Política Nacional de Humanização esclarecendo as dúvidas e utilizando a discussão como forma de promover o diálogo entre os participantes presentes. Na dinâmica que foi proposta, as pessoas relataram, de forma expressiva, experiências como acompanhantes de parentes próximos e até consigo mesmo, no qual diante do conteúdo percebeu-se a falta de acolhimento existente não só nas UBS, mas em toda rede de atenção à saúde. É perceptível que os usuários dos serviços de saúde apesar de não estarem satisfeitos com o atendimento, pouco participam dos movimentos que trazem informações a eles, sem reconhecerem que a reorientação dos serviços só é possível quando ocorre a participação social na formulação de propostas. Ao final da discussão, os participantes souberam associar a humanização à assistência integral e acolhedora que deve ser prestada a todas as pessoas que procuram os serviços de saúde. CONCLUSÃO: A disseminação do conhecimento sobre a existência de meios de promoção da saúde aos sujeitos sociais envolvidos no processo saúde/doença é uma forma eficaz de gerar discussões a respeito do acolhimento e promover a participação de toda comunidade na construção de mudanças na lógica do atendimento. Reconhecendo que o Sistema Único de Saúde ainda é inclusivo e acolhedor.

 


Palavras-chave


Humanização; Atenção Básica; Participação.