Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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NOVA FORMAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA: uma proposta comprometida com o Sistema Único de Saúde
Patricia Pol Costa, Rosa Maria Pinheiro Souza

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


A Rede Brasileira de Escola de Saúde Pública – REDESCOLA, integrada por 49 instituições formadoras em todas as regiões brasileiras é um espaço político, dinâmico, comprometido com a formação em Saúde Pública, com a mobilização e o debate em defesa do Sistema Único de Saúde.

O objetivo desse trabalho é apresentar a experiência da nova formação em saúde pública, envolvendo dez instituições formadoras integrantes da REDESCOLA.

A concepção dessa inciativa, construída coletivamente com a participação da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) e das Escolas de Saúde Pública dos estados de: Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Tocantins e Universidade Federal do Acre,  nasce de um diagnóstico realizado pela Secretaria Técnica e Executiva da REDESCOLA que identificou uma lacuna na formação de sanitaristas no país, marcada por irregularidade na oferta e mesmo pela  inexistência de formação, nesse campo, em algumas das instituições formadoras.

Ancorada na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) essa proposta foi desencadeada a partir de oficinas de trabalho para a construção das bases, princípios e pressupostos orientadores da formação e perfil dos egressos, a partir dos quais cada instituição formadora, protagonista das propostas de formação de sanitaristas elaborou projetos políticos pedagógicos adequados à realidade sanitária, considerando as demandas e necessidades do território.

Partindo do grande interesse das instituições envolvidas na formação docente para desenvolvimento desse novo ciclo de formação de sanitaristas foram realizadas oficinas, discussões, debates sobre as concepções de aprendizagem e as práticas pedagógicas, sobretudo acerca da utilização de metodologias ativas de conhecimento e aprendizagem significativa na educação permanente em saúde, visando o alcance dos objetivos educativos.

Essa iniciativa se inscreve ainda dentro da perspectiva da construção de um processo reflexivo e de compartilhamento de experiências entre coordenadores de cursos, docentes, pesquisadores e discentes, buscando compreender e dialogar sobre a reorganização do processo de trabalho em saúde, reconhecendo a importância da comunicação em rede para produzir diálogos e gerar soluções compartilhadas respeitando as diversidades e características locais.

Iniciados em 2016 em 09 instituições os cursos já formaram 306 novos sanitaristas em 10 turmas. Encontra-se em andamento a segunda turma com 310 alunos cursando.

Dentre os produtos gerados destaca-se a publicação do livro intitulado a REDESCOLA E A NOVA FORMAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, que contempla a concepção e implementação da formação em saúde pública, as metodologias de aprendizagem na formação de profissionais de saúde e a experiências dos cursos nas dez instituições formadoras envolvidas. Para além disto, os efeitos percebidos consistem sobretudo no fato de que a atual conjuntura política, econômica e social, na qual os direitos de cidadania conquistados devem ser reafirmados tem produzido debates politicamente consistentes e forte engajamento a favor de uma formação de qualidade e comprometida com a defesa do Sistema Único de Saúde.


Palavras-chave


educação na saúde, saúde pública, sanitarista, escolas de saúde pública, rede