Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Humaniza-SUS e a demanda espontânea em uma Unidade Básica de Saúde do município de Imperatriz-Maranhão: A visão do acadêmico.
Vanessa Freitas Amorim, Isabel Cristina Leal Fernandes, Martina Ferreira Claudino Silva, Jaene Maria Sousa de Oliveira, Marcela Paixão Rêgo, Eduarda Almeida Ferreira, Nélio Alves Lima Júnior, Antonia Vilquenia da Silva Mesquita

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


Introdução: O acolhimento inicialmente vem com a proposta de possibilitar o atendimento para usuários tanto de demanda programada como também os de demanda espontânea, isso porque “anteriormente” o que se via eram consultas sendo realizadas apenas em pacientes previamente marcados, obrigando os usuários a madrugarem em filas com o intuito de conseguir marcações de exames e consultas diárias através da priorização do atendimento por ordem de chegada, sem preocupar-se com o princípio da equidade e prioridades. Com o estabelecimento da PNH, atualmente, tem-se a diminuição das filas, a ruptura da cultura de madrugar e a possibilidade de ser atendido de acordo com a classificação de risco. Diante disso, este trabalho objetiva relatar a percepção do acadêmico acerca do acolhimento e demanda espontânea em uma UBS de Imperatriz- Maranhão. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, qualitativo com abordagem descritiva – analítico realizado através da vivência em uma UBS. Os dados resultaram de uma pesquisa com os usuários que procuravam por atendimento em demanda espontânea, onde avaliavam também a resolutividade da UBS Vila Lobão. A pesquisa foi realizada por acadêmicos de enfermagem da UFMA e membros do projeto Acolher/PROEX. Resultados: Após análise dos resultados obtidos, percebe-se a demanda espontânea ainda erroneamente relacionada à procura de serviços como: sala de curativos, PCCU, sala de vacinas e marcações sejam de exames ou consultas, desprezando-se a necessidade de usuários que procuram por consulta médica ou de enfermagem devido a um mal súbito, tal como angina, lombalgia, insônia, ou até mesmo agudização de doença e/ou estado de saúde na qual ele é acompanhado e segue uma agenda programada de consultas. Sempre poderá haver imprevistos, mas muitas das vezes a percepção do usuário quanto à necessidade de saúde, não é considerada, competindo apenas ao profissional a definição da mesma. Observou-se por parte dos profissionais certa relutância em visualizar e aceitar que toda e qualquer necessidade de saúde do usuário é importante acolher, escutar e propor resolutividade, sem desmerecer por acreditar não ser relevante para incluí-lo nos cuidados, pois como exposto por Brasil (2011), a AB além de ser uma das principais portas de entrada do sistema de saúde, devido ao maior grau de descentralização e capilaridade, deve se constituir numa “porta aberta” capaz de dar respostas “positivas” aos usuários, procurando atender às necessidades de saúde de forma integral e, não tornar-se um lugar meramente burocrático e obrigatório de passagem para outros tipos de serviços. Considerações Finais: Nesse sentido, devemos também considerar o usuário como um definidor das necessidades de saúde e mesmo que as percepções de usuário e profissional da saúde divirjam, deve-se procurar acolher, escutar e dar resolutividade. Pois, por mais necessário que seja o agendamento do atendimento para os profissionais, devido à importância de programar e direcionar o cuidado. Em contraposição, existem também os casos não programáveis no qual a unidade deve estar preparada para atender e prestar uma assistência de qualidade.

Palavras-chave


Humanização; Acolhimento; Usuários; Unidade Básica de Saúde.