Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA EM HOMENS VIVENDO COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA
Odaleia de Oliveira Farias, Dayse da Silva Guedes, Vanessa da Frota Santos, Ana Karoline Bastos Costa, Marli Teresinha Gimeniz Galvão

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


As neoplasias malignas representam um conjunto de doenças responsáveis por milhares de mortes anuais em todo o mundo. As pessoas que vivem com o vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) têm um risco elevado, superior ao da população em geral, para o desenvolvimento de diferentes tipos de cânceres. Dentre essas neoplasias, o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de casos de câncer. Nesse sentido, é fundamental que os profissionais da saúde estejam atentos aos problemas gerais e específicos que podem acometer essa população e suas demandas de cuidados. Com este estudo, objetivou-se identificar a frequência da realização de exames para rastreamento do câncer de próstata em homens vivendo com HIV/aids. Trata-se de um estudo transversal, exploratório-descritivo, quantitativo, realizado em um Serviço de Atenção Especializada em HIV/aids em Fortaleza-Ceará, de fevereiro a agosto de 2015.  A amostra foi de 74 homens vivendo com HIV/aids em acompanhamento no referido serviço com idade superior a 18 anos, selecionados a partir da amostragem por conveniência. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário de caracterização sociodemográfico e clínico-epidemiológica contendo perguntas sobre a frequência de realização de exames PSA e/ou Toque Retal para rastreamento de câncer de próstata. Os dados foram tabulados no programa Excell for Windows e analisados de forma descritiva pelo programa Statistical Package for the Social Science (SPSS). Dos 74 entrevistados a maioria encontrava-se na faixa etária de 30-39 anos (40,5%) e apresentavam contagem de linfócitos T CD4+ superior a 350 células/mm3(41,8%). Com relação à realização dos exames para rastreamento do câncer de próstata, PSA e/ou toque retal, 63,5% nunca realizaram tais procedimentos. Dos pacientes que realizaram algum desses dois exames (36,5%), 59,2% realizaram no último ano, 22,2% realizaram nos últimos dois anos e 18,5% realizaramem algum tempo da vida. Podemos concluir que os exames para detecção precoce do câncer de próstata nunca foram realizados pela maioria dos participantes do estudo. Isso mostra a necessidade do desenvolvimento de políticas de saúde voltadas para os homens com HIV/aids, mediante ações preventivas primárias, como estratégias educativas, esclarecendo-os quanto aos métodos diagnósticos existentes e estimulando-os a buscar uma unidade de saúde.


Palavras-chave


HIV-1. Homens. Câncer de próstata