Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-25
Resumo
No Brasil estima-se que cerca de 1.000 brasileiros morrem por trauma a cada ano, destes, sua grande maioria são por traumatismos cranioencefálicos (TCE), dependendo da intensidade, local e extensão da lesão entre outros fatores, leva ao diagnóstico de morte encefálica (ME) rapidamente, entretanto a notificação de morte encefálica (paciente com diagnóstico e Escala de Coma de Glasgow 3) é baixa, interferindo no manejo do paciente como possível doador de órgãos e tecidos. Este estudo objetiva apresentar com base na literatura problemas relacionados ao cuidado de enfermagem ao paciente politraumatizado com Glasgow 3 em uma unidade de urgência e emergência. A metodologia de estudo é uma revisão narrativa, cujas fontes bibliográficas foram: manual da AMIB e publicações em periódicos nacionais de enfermagem de Qualis A, no período de 2013-2017. A análise foi descritiva, representada em números absolutos. Foram incluídos na análise 13 artigos. Os problemas encontrados mais frequentes relacionados ao cuidado de enfermagem ao paciente politraumatizado com Glasgow 3 foram: A falta de entendimento sobre morte encefálica (3); sobrecarga de trabalho da enfermagem (13); falta de equipe treinada para a avaliação neurológica adequada (7) e subnotificação dos casos de morte encefálica (7). CONCLUSÃO. Os resultados apontaram para a necessidade da criação e implantação de um fluxograma de atendimento e cuidados de enfermagem para que os pacientes politraumatizados com Glasgow 3 sejam avaliados de forma correta pela Comissão Intrahospitalar de Doação e Transplante de Órgãos ou Organização de Procura de Órgãos e mantenha-se sob cuidados adequados para possível manutenção clínica do doador falecido.