Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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COBERTURA VACINAL DE PUÉRPERAS ASSISTIDAS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE SANTARÉM - PARÁ: UM ESTUDO PILOTO
Claudia Ribeiro de Souza, Thâmera Jacqueline de Oliveira Rocha, Leilane Ribeiro de Souza, Jéssica dos Santos Silva, João Batista Castro de Carvalho, Alessandro Santos Bonfim de Almeida, Ana Maria Revorêdo da Siva Ventura

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Um dos métodos mais eficazes para proteger a mulher grávida, livrando-a de doenças e complicações na gestação, é por meio da vacinação. A cobertura vacinal pode ser entendida como a proporção da população que recebeu o número completo de doses de uma vacina em relação à população existente em um determinado local. O estudo piloto, por sua vez, trata-se de um teste, em pequena escala, que envolve a realização de todos os procedimentos previstos na metodologia de uma pesquisa, de modo a possibilitar alteração/melhora dos instrumentos na fase que antecede a investigação em si. A partir disso, o estudo objetivou testar um formulário de pesquisa que será utilizado durante a investigação da cobertura vacinal de puérperas assistidas no Hospital Municipal de Santarém-Pará. O formulário apresentava questões referentes a aspectos sócio demográficos como idade, renda, escolaridade, estado civil e ocupação; dados obstétricos presentes na carteira de gestante da puérpera, como número de gestações anteriores, número de consultas realizadas durante o último pré-natal, resultado de exame de Hepatite B; e dados das vacinas dT, dTpa, Hepatite B e Influenza. Para cada vacina verificava-se, no caso das que apresentavam esquemas incompletos, qual teria sido a razão para cobertura incompleta, se por erro profissional, negligência da gestante, ausência da vacina na unidade de saúde, ou por outros motivos. O estudo piloto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (CAAE:77612417.9.0000.5168), e realizado em outubro de 2017, com todas as puérperas presentes no dia da investigação no Hospital. Participaram 15 mulheres com idade média de 21 anos, com renda menor ou igual a um salário mínimo, 80% haviam concluído o ensino fundamental e conviviam com o parceiro, 60% exerciam atividade remunerada. Todas as puérperas apresentavam histórico de outras gestações nos últimos cinco anos, tiveram pelo menos 6 consultas de pré-natal na última gravidez, e nenhuma apresentou resultado sorológico positivo para Hepatite B. Somente 40% das entrevistadas tinham cobertura vacinal completa para dT, Hepatite B e Influenza. A principal razão para cobertura incompleta foi erro profissional (66%). Após testar o formulário, conclui-se que havia a necessidade de inserir algumas perguntas afim de aprimorá-lo e melhor compreender as razões para os achados de cobertura vacinal incompleta, entre elas, entrega de comprovante de vacina no ato de inscrição do pré-natal e no momento da entrevista, acometimento por HIV ou outras doenças na gestação, data provável do parto, aborto ou filho nascido morto na última gestação, bem como realização de pré-natal até a ocorrência desses eventos, e realização de pré-natal nas gestações anteriores.


Palavras-chave


Cobertura vacinal; Gestantes; Saúde Pública.