Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-03-21
Resumo
O Projeto VER-SUS/Brasil foi inserido em Mato Grosso em 2012 e desde então vem se desenvolvendo no estado, com organização protagonizada, principalmente, por estudantes universitários. Em Barra do Garças, distante, aproximadamente, 500 quilômetros de Cuiabá, o projeto chegou em 2016, na modalidade vivência; e é sobre esta ação que objetiva-se discorrer neste relato. Trata-se de relato de experiência de organização do VER-SUS/Brasil, na cidade de Barra do Garças – MT, de 23 a 29 de outubro de 2016. O projeto foi realizado na cidade por demanda de estudantes que vivenciaram o VER-SUS, em Cuiabá, em janeiro do mesmo ano. A ideia inicial para a vivência era dar continuidade à temática da saúde mental, abordada em Cuiabá, no intuito de comparar as realidades da capital e do interior; todavia, como o município de Barra tem uma população indígena expressiva, a organização (CO) resolveu tematizar a vivência nesse foco (saúde indígena) - sem excluir a saúde mental e outras questões. A CO foi compartilhada por estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de Cuiabá – ligados, principalmente, ao PET Conexões de Saberes – e Barra do Garças – do curso de Enfermagem. A vivência VER-SUS Barra do Garças possuía espaços de
formação e visitas, sendo organizada em 5 módulos: (I) Sociedade e política brasileira, (II) SUS, RAPS e Saúde Indígena – formação - (III) Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, (IV) Visita na Rede de Saúde de Barra do Garças e (V) Cultura e Saúde Indígena - vivência. Os módulos I e II ocorreram no alojamento – que funcionou na UFMT; o módulo III, ocorreu em uma cachoeira que fica no perímetro urbano; o IV, na rede de saúde de Barra do Garças; e o V, na Aldeia Xavante São Marcos. Cada espaço de formação foi facilitado por especialista na área; as visitas eram conduzidas por profissional disponibilizado pela unidade visitada. A comunicação entre os membros da CO foi um desafio na construção da vivência, já que a mesma era integrada por estudantes de Cuiabá, Várzea Grande e Barra do Garças. A adesão do município foi uma tarefa que demandou agilidade, pois, o período solicitado era também período eleitoral. A ligação dos estudantes com a UFMT foi um ponto forte, visto que oportunizou o espaço para alojamento, facilitadores para os espaços de formação e transporte para visita à Aldeia. Considera-se que a vivência em Barra do Garças, além de oportunizar espaços de formação e visitas aos participantes, foi um grande exercício de gestão para os organizadores, uma vez que exigiu desses um bom relacionamento entre si e com as instituições – universidade, secretaria de saúde e etc. - afim de construir um projeto em meio a distância geográfica e ao período eleitoral.