Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA SOBRE A DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ
Wanessa Jéssica Dinelly da Luz de Azevedo, Géssica Lange Sarmento Gentil

Última alteração: 2017-10-18

Resumo


APRESENTAÇÃO: As Doenças Cardiovasculares são a maior causa de morte a nível mundial, sendo a Hipertensão Arterial um dos principais fatores de risco para o agravamento de problemas cardíacos. Quando associada à gestação, gera maior susceptibilidade tanto para a mãe quanto para o feto. A presente Revisão Integrativa da Literatura teve como objetivo identificar o perfil de gestantes que apresentam a Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) e as principais complicações observadas na atuação da Enfermagem através de publicações científicas de janeiro de 2010 a janeiro de 2016. DESENVOLVIMENTO: Foram pesquisados artigos, monografias e dissertações disponibilizados nos bancos de dados sciELO, LILACS e BDENF com os descritores “DHEG”, “Enfermagem” e “Gravidez e Hipertensão”. Após o descarte de repetições e atendimento aos critérios de inclusão, totalizou-se uma amostra de 11 publicações. Para a coleta de informações foi utilizado o instrumento validado por Ursi em 2005 e adaptado para este estudo. Os dados foram tratados através da Análise de Conteúdo de Bardin, organizados de maneira descritiva. Surgiram quatro categorias: Características dos estudos; Perfil das mulheres que apresentam complicações relacionadas à hipertensão na gravidez; Concepções sobre a DHEG, suas principais complicações e a Atuação do enfermeiro diante desta patologia. RESULTADOS: Todos os estudos foram escritos no idioma português. Quanto à metodologia utilizada na sua elaboração, 27,2% foram descritivos e retrospectivos. O Rio de Janeiro foi o Estado com maior número de publicações, correspondendo a 36,3% da amostra. Quanto ao local, 54,5% das pesquisas selecionadas foram realizadas em Hospitais ou maternidades. Foi revelado que a DHEG acomete em maior número mulheres pardas e houve convergência entre as pesquisas ao destacar como faixa etária de comum ocorrência 19 a 25 anos, assim como apontam a obesidade como um dos fatores predisponentes de maior destaque. Quanto à concepção das gestantes, notou-se entendimentos fantasiosos sobre a manifestação da patologia, assim como o medo de evolução a óbito. Como principais complicações envolvidas, destacaram-se:o aumento da mortalidade fetal, neonatal e materna, considerando a morbidade materna por insuficiência renal, pré-eclampsia severa, edema pulmonar e descolamento de placenta, com identificação de convulsão, inchaço generalizado, edema agudo de pulmão, complicações renais, hepáticas e cerebrais. As morbidades neonatais, por sua vez, incluíram o baixo peso ao nascer, prematuridade e síndrome do desconforto respiratório. Os estudos foram unânimes quanto à constatação da competência dos enfermeiros no reconhecimento dos sinais e sintomas sugestivos da DHEG e as condutas que deveriam ser adotadas diante desta situação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que a DHEG acarreta medo, preocupação e ansiedade devido às suas repercussões para a saúde do binômio mãe-bebê. Assim, torna-se necessária a realização minuciosa do pré-natal para a identificação de riscos potenciais e acompanhamento da gestação, destacando a atuação do enfermeiro como educador quanto às orientações às gestantes sobre mudanças de hábitos neste período, além da abertura de espaços formais de discussão sobre esse assunto na Universidade, com indispensável realização de outros estudos que contribuam para futuras intervenções relacionadas a esta temática em saúde.


Palavras-chave


Doença Hipertensiva Específica da Gravidez, Assistência de Enfermagem, Gravidez de Alto Risco