Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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UTILIZAÇÃO DE CINEVIAGENS COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL CONSTRUTIVISTA: A EXPERIÊNCIA DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA (UFOB)
Ítalo Ricardo Santos Aleluia, Daiene Rosa Gomes

Última alteração: 2017-10-28

Resumo


APRESENTAÇÃO

O processo de ensino-aprendizagem é indivisível de sentimentos e emoções quando se trata de formar sujeitos para o Sistema Único de Saúde. A cineviagem educacional consiste em uma tecnologia de ensino-aprendizagem audiovisual, que visa trabalhar capacidades cognitivas e atitudinais. Funciona como disparador de uma situação-problema para fomentar a aprendizagem baseada em emoções e estimular sua análise crítico-reflexiva.

OBJETIVO

Relatar o uso de cineviagens como tecnologia educacional construtivista no curso de medicina da UFOB.

DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Trata-se da experiência da utilização de cineviagem nas disciplinas de Práticas em Saúde Coletiva, Gestão do Trabalho em Saúde (GTS) e Educação em Saúde no curso de medicina da UFOB. As duas primeiras são disciplinas de componentes inicias do curso, as quais proporcionam contato direto com a comunidade e a gestão do sistema municipal de saúde e a última é ofertada no sexto período possibilitando o desenvolvimento de habilidades educacionais. Selecionou-se os conteúdos que poderiam ser trabalhados por situações representadas em séries, documentários e vídeos de curta duração, que substituíram exposições dialogadas tradicionais. Para cada cineviagem foi estruturada uma intencionalidade educacional. Em Práticas em Saúde Coletiva buscou-se trabalhar a compreensão sobre abordagem familiar, acolhimento e humanização na Atenção Primária; aplicabilidade e potência do Projeto Terapêutico Singular e da territorialização em saúde. Na disciplina de GTS, a intencionalidade foi elucidar elementos relativos ao processo de trabalho em saúde, como os agentes das práticas, seus objetos, meios e finalidades do trabalho em saúde; além da composição tecnológica do trabalho em saúde, buscando problematizar a relação entre as práticas e as tecnologias materiais e imateriais (leves, dura-leves e duras), assim como aspectos que envolvem o trabalho “vivo” e morto” e “valor de uso” e “valor de troca”. Na disciplina de Educação em Saúde teve a finalidade de trabalhar com as diversas formas de aprender e ensinar aplicadas a área da saúde. A metodologia de uso da cineviagem consistiu nas seguintes etapas: (1) momento pré-classe com leitura prévia da bibliografia sobre o conteúdo abordado; (2) exibição da cineviagem em classe; (3) aprendizagem em equipe relacionando três perguntas de partida com a cineviagem e o conteúdo programático; (4) compartilhamento de ideias, sentimentos e emoções mais significativos, associados à cineviagem, utilizando tarjetas coloridas, as quais eram fixadas na lousa, para construção de um painel por núcleo de sentido.

IMPACTO

A estratégia das cineviagem permitiu uma construção coletiva, autônoma, crítica e emancipadora, entre os discentes, de modo que foram trabalhados aspectos fundamentais do cuidado, da gestão e educação em saúde, trazendo-os para reflexão mais próxima da realidade, na medida em que é possível associar elementos teórico-práticos às suas próprias vivências como discentes e atores sociais, acessando-as por meio de emoções, ideias e sentimentos. tadas em séries, documentários e vídeos de curta duração, que substituíram exposições dialogadas tradicionais. Para cada cineviagem foi estruturada uma intencionalidade educacional. Em Práticas em Saúde Coletiva buscou-se trabalhar a compreensão sobre abordagem familiar, acolhimento e humanização na Atenção Primária; aplicabilidade e potência do Projeto Terapêutico Singular e da territorialização em saúde. Na disciplina de GTS, a intencionalidade foi elucidar elementos relativos ao processo de trabalho em saúde, como os agentes das práticas, seus objetos, meios e finalidades do trabalho em saúde; além da composição tecnológica do trabalho em saúde, buscando problematizar a relação entre as práticas e as tecnologias materiais e imateriais (leves, dura-leves e duras), assim como aspectos que envolvem o trabalho “vivo” e morto” e “valor de uso” e “valor de troca”. Na disciplina de Educação em Saúde teve a finalidade de trabalhar com as diversas formas de aprender e ensinar aplicadas a área da saúde. A metodologia de uso da cineviagem consistiu nas seguintes etapas: (1) momento pré-classe com leitura prévia da bibliografia sobre o conteúdo abordado; (2) exibição da cineviagem em classe; (3) aprendizagem em equipe relacionando três perguntas de partida com a cineviagem e o conteúdo programático; (4) compartilhamento de ideias, sentimentos e emoções mais significativos, associados à cineviagem, utilizando tarjetas coloridas, as quais eram fixadas na lousa, para construção de um painel por núcleo de sentido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma vez que essa estratégia valoriza a dimensão qualitativa do ensino-aprendizagem, é possível acompanhar os momentos de aprendizagem de cada discente e apoiar o desenvolvimento de ações que favoreçam novas habilidades e competências, já que a condução dessa tecnologia educacional se baseia no acolhimento do educador quanto aos sentimentos individuais e coletivos, de modo a compreender as leituras singulares de contextos e situações, como produto de uma construção coletiva compartilhada.


Palavras-chave


Ensino; Sistema Único de Saúde; Inovação; Educação de Graduação em Medicina