Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Desafios na gestão de serviços de saúde bucal ofertados no SUS
Alessandra dos Santos Tavares Vieira, Liliane Silva do Nascimento, Maria Luciani da Costa Franco, Alessandra Iamanouht Khayat, Ludimila Magalhães Rodrigues da Cunha, Ceiça Costa Ribeiro, Michelle Castro da Silva Holanda

Última alteração: 2019-01-03

Resumo


Apresentação: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços em níveis de organização compreendendo graus de complexidade, sendo eles: básico (primário), média (secundário) e alta (terciário). Observa-se que na prática dos serviços em saúde o processo de comunicação é predicado, fato recorrente que tem sido gerado pelo uso indiscriminado e demasiado de normas e protocolos no cotidiano deste campo, acrescido, ao aumento da produtividade através da intensificação de serviços. Estes fatores têm levado por sua vez, numa letargia, bem como na fragilidade e inflexibilidade do sistema de saúde. Objetivo: Diante disso relataremos a experiência vivenciada no fluxo de atendimento odontológico do Centro de Especialidades Médico e Odontológicas (CEMO) em Belém do Pará com a finalidade de compreender a problemática da gestão e o processo de trabalho dos serviços odontológicos no SUS. Desenvolvimento do trabalho: O CEMO contempla as especialidades odontológicas de odontopediatria, PNE, ortodontia preventiva e interceptativa, endodontia, cirurgia bucomaxilofacial, periodontia e clínica do bebê, além de urgência. O atendimento é mediante referência das unidades básicas de sua área de abrangência, exceto a urgência e clínica do bebê que é demanda espontânea. Percebeu-se que os usuários têm dificuldades em obter atendimento na atenção básica e buscam no setor de urgência o que acaba impactando no atendimento que realmente seria de urgência, que por sua vez fica superlotada com alta demanda. Vale ressaltar também que o setor de atendimento de odontopediatria e PNE geralmente recebe encaminhamentos para procedimentos que poderiam ser resolvidos na unidade básica, mas por relatarem não haver material e/ou equipamento estar danificado e/ou considerarem que determinado paciente deve ser atendido no centro de especialidades, como por exemplo os pacientes considerados com “necessidades especiais”: gestantes, hipertensos ou mesmo com alguma deficiência física o fazem de forma errônea. Os profissionais sensibilizados geralmente acabam atendendo esses pacientes que deveriam ser atendidos na unidade básica tentando aliviar a angústia e resolução do problema desse usuário, sendo que o mais adequado seria contra-referenciar os mesmos. Resultados: Realidade assistencial sobrecarregada proveniente da desorganização dos serviços, ausência de acolhimento e classificação inadequada dos problemas e necessidade de tratamento não suprido a partir dos profissionais da atenção básica. Considerações finais: Retrata a deficiência da gestão maior relacionada a oferta e distribuição de serviço de saúde. Outros fatores estão relacionados a desorganização, ausência de referência adequada, desconhecimento e/ou desinteresse do conhecimento do processo de trabalho, fatores estes que potencializam o aumento do fluxo de atendimento no centro de especialidades, sobrecarregando os profissionais e consequentemente interferindo na qualidade da assistência ofertada. Percebe-se que avaliações deveriam ser realizadas com mais frequência com a finalidade de se verificar se os serviços ofertados são ofertados de acordo com o que preconiza a Política de Saúde, se a distribuição de materiais e profissionais é adequada as necessidades da população, entre outras ações.

Palavras-chave


Saúde pública; Gestão dos serviços