Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A Interface entre Educação Popular em Saúde e Práticas Integrativas e Complementares
Etel Matielo, Julimar Barros Barros

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


Apresentação:

A Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS) propõe metodologias e tecnologias para o fortalecimento do SUS. É uma prática voltada para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a partir do diálogo entre a diversidade de saberes, valorizando os saberes populares, a ancestralidade, a produção de conhecimentos e a inserção destes no SUS. Este Resumo se propõe em debater sobre as interfaces e ações de fortalecimento para a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS) e a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS).

Desenvolvimento:

As práticas e as metodologias da Educação Popular em Saúde (EPS) possibilitam o diálogo entre trabalhadores e usuários, entre as equipes de saúde e os espaços das práticas populares de cuidado, entre o cotidiano dos conselhos e dos movimentos populares, ressignificando saberes e práticas.

A EPS propõe ações em eixos estratégicos, destacando-se o eixo do Cuidado em Saúde. Neste sentido, a PNEPS - SUS busca refletir a compreensão ampliada do cuidado em saúde, reforçar o reconhecimento e a convivência dos modos populares de pensar, fazer e gerir a saúde, promovendo o encontro e diálogo destes com os serviços e ações de saúde.

Em relação ao campo das práticas integrativas e complementares, contemplam-se sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. A PNPICS está em consonância com a PNEPS-SUS, que busca integrar os saberes técnicos-científicos com os saberes populares.

Com a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia foram institucionalizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerações Finais:

Todas as ações decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e complementares no SUS, principalmente quando se utilizam plantas medicinais e derivados como recurso terapêutico, perpassam pelo entendimento e valorização da multiculturalidade e interculturalidade, por gestores e profissionais de saúde, em busca da equidade e integralidade da atenção em saúde.

Sendo assim, fortalecer as práticas integrativas e populares de cuidado implica apoiar sua sustentabilidade, sistematização, visibilidade e comunicação, no intuito de socializar tecnologias e perspectivas integrativas, bem como, aprimorar sua articulação com o SUS.


Palavras-chave


Práticas Integrativas e Complementares; Educação Popular em Saúde