Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIA DE LESÕES BUCAIS EM PACIENTES COM HANSENÍASE DO HOSPITAL GERALDO DA ROCHA EM MANAUS/AMAZONAS
Stanny Hagath Maciel Saraiva, Mônica Cybelle Ferreira Figueiredo, shirley maria araujo passos, Adriana Beatriz Silveira Pinto, Brigitte Nichthauser, Lauramaris de Arruda Régis Aranha

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


O Amazonas tem apresentado, nos seis últimos anos, redução significativa da incidência da hanseníase. Entre 2010 e 2016, o Estado registrou queda de 40,7% nos casos devido às ações de controle e combate à doença, desenvolvidas pelo Governo do Amazonas, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde. O bairro hoje conhecido como Colônia Antônio Aleixo funcionou, até meados da década de 60, como Hospital-Colônia Antônio Aleixo. Esta pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas com CAAE: 66617817.8.0000.5016, com o Número de parecer 2.062.363, tendo como principal objetivo realizar o levantamento epidemiológico e identificar a prevalência de lesões bucais em pacientes sequelados pela Hanseníase internados no Hospital. Foram utilizadas as fichas de exame clínico e dados gerais do SB Brasil 2010. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise estatística utilizando o software SPSS versão 20.0 para Windows. No total, 18 pacientes participaram da pesquisa, sendo 13 homens e cinco mulheres, na faixa etária entre 40 a 81 anos. Entre os dados coletados observou-se que, 56% dos pacientes tinham entre 61 e 70 anos, 17% tinham entre 71 e 80 anos, 11% entre 51 a 60 anos, 11% de 40 a 50 anos e 5% com idade igual ou superior a 81 anos. A pesquisa relevou ainda que 67% dos pacientes se declararam pardos, 28% brancos e 5% pretos. Quanto ao nível de escolaridade, 55% informou ter o ensino básico, 28% o ensino médio e 17% não possuíam escolaridade. Em relação a morbidade bucal e o uso do consultório odontológico, a pesquisa revelou que 89% dos pacientes (16) atualmente necessitam de algum tipo de tratamento odontológico. 72% disseram não ter sentido dor nos últimos seis meses e 17% afirmaram ter sentido algum tipo de dor. Todos os pacientes informaram já ter ido a um dentista, tendo a maioria (33%) ido ao consultório há três anos ou mais antes dessa entrevista. Nove pacientes afirmaram ter utilizado o serviço público para se consultar e a outra metade, utilizou o serviço particular. 50% dos participantes usam prótese dentária superior e 95% necessita de algum tipo de prótese dentária superior. Quanto ao uso de prótese dentária inferior, 78% não usam nenhum tipo de prótese e 44% necessita de algum tipo de prótese inferior. Quanto à prevalência de lesões, 2% dos pacientes apresentaram tecido lesionado e 9% apresentaram manchas na cavidade oral.

Diante dos números apresentados, chegamos a conclusão que para melhor atendimento e melhores resultados, na unidade hospitalar deveria haver um Consultório Odontológico, tendo em vista que, a maioria dos pacientes reside por meses no hospital e possuem limitação motora por conta das seqüelas. Além disso, seria necessário um projeto envolvendo Estado, Município, Faculdades e Sociedade Civil para ações de cunho social, como mutirões, para realizar os tratamentos básicos garantido a saúde bucal dos pacientes.

Palavras-chave


HANSENÍASE; SEQUELAS; SAÚDE BUCAL