Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM SOBRE O PARTO VAGINAL LATERALIZADO EM UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA DE SANTARÉM-PA
Mayana Silva dos Remédios Matos, Gabriela Oliveira de Nazaré, Rebeka Santos da Fonseca, Pablo Stephano Lopes da Silva, Adalgisa Azevedo Lima

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


Apresentação: A adoção da posição lateralizada é pouco utilizada entre as enfermeiras obstetras, que preferem a posição litotômica, por ser uma posição historicamente usada em larga escala. Entretanto, a posição lateralizado, baseada em evidências científicas, melhora a perfusão placentária por conta da diminuição da compressão nos vasos pélvicos, seguem ainda relatos preferencialmente em decúbito lateral esquerdo. Considerando essa posição, tanto para primigestas e multigestas o que torna desnecessária a prática da utilização da episiotomia para o período expulsivo, e, consequentemente mantém-se a integridade do períneo após a expulsão. Dentro desse contexto, o objetivo desse trabalho consiste em descrever as vantagens do parto lateralizado. Desenvolvimento: O presente trabalho consiste em um relato de experiência que ocorreu no período de 19 de setembro a 06 de outubro de 2017 em uma instituição de saúde pública de Santarém-PA durante a aula prática de enfermagem obstétrica, a preceptora enfermeira especialista na área, nos apresentou a abordagem do parto lateralizado, como carro chefe de sua assistência. Resultados: Durante a vivência na obstetrícia, ocorreram 224 partos vaginais, desses, somente 9 foram assistidos pelos discentes em posição lateralizada e, das assistidas por esta equipe, as mulheres mantiveram o períneo íntegro. Mediante as vivências, observou-se, que a aplicação do parto lateralizado se mostrou eficaz por promover a melhoria do ritmo respiratório materno, melhor aporte de oxigenação materno fetal, prevenindo dessa forma a hipotensão supina. Além disso, observou-se a mulher suportar a dor sacrolombar neste período pelo fato da posição lateral permitiu a realização de massagens suaves e monitoramento da expulsão do feto reduzindo a pressão sobre o períneo e ruptura do mesmo, evitado assim, o uso da episiotomia ou laceração perineal natural. Com a preservação da integridade da genitália externa e interna, repercute na rápida recuperação da parturiente. Considerações finais: Portanto, pode-se perceber que a lateralização das gestantes durante o trabalho de parto mostrou inúmeras vantagens, facilitando a expulsão fetal e diminuição do número de procedimentos, a exemplo, episiotomia. A partir dessa experiência, a posição em decúbito lateral foi considerada uma posição protetora do períneo e melhor avaliação da escore de Apgar dos nascituros. Assim, faz-se necessários mais práticas desse método bem como de sua divulgação entre os enfermeiros obstetras.


Palavras-chave


Enfermagem obstétrica; parto vaginal; parto lateralizado.