Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM ESCOLAS PÚBLICAS COMO FERRAMENTA PARA PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS
IARA SAMILY BALESTERO MENDES, MAIRA CIBELLE DA SILVA PEIXOTO, WIDSON DAVI VAZ DE MATOS, AMANDA LORENA GOMES BENTES, FERNANDA CRISTINA SILVA DA SILVA, ANA JÚLIA GOÉS MAUÉS, DANIELE RODRIGUES SILVA, MAICON DE ARAÚJO NOGUEIRA

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


APRESENTAÇÃO: A hanseníase, doença contagiosa com evolução de caráter crônico, e alto poder incapacitante, apresentou em 2015, no Brasil um coeficiente geral de incidência de 14,06 casos/100 mil habitantes, sendo 4,28 casos/100 mil habitantes na população menor de 15 anos. Contudo a redução de casos em menores de 15 anos é prioridade do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, pois quando a doença se manifesta na infância, indica alta endemicidade, carência de informações sobre a doença e falta de ações efetivas de educação em saúde.  O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência acadêmica de participação em Campanha de Hanseníase nas Escolas no Município de Belém, Pará. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem na Campanha de Hanseníase nas Escolas, sendo gerada a partir do elo Universidade-Unidade Municipal de Saúde. As ações de educação em saúde eram realizadas a partir de visitas nas escolas, em um bairro com alto coeficiente de incidência no Município de Belém (PA). Em cada turma eram esclarecidos ao público os principais aspectos da doença e posteriormente foi disponibilizado uma ficha adaptada, a cada estudante, para investigação diagnóstica de casos de hanseníase em menores de 15 anos, devendo ser preenchida pelos seus responsáveis. No segundo momento houve retorno da equipe para avaliação das fichas e avaliação clínica das crianças com sinais e sintomas sugestivos. RESULTADOS: A partir da avaliação clínica das crianças, nos casos diagnosticados, foi possível também alcançar os contatos intradomiciliares visando o diagnóstico precoce da doença, pois os casos novos podem indicar aqueles não diagnosticados e não assistidos pelas unidades de saúde. Assim, os sinais clínicos da hanseníase, muitas vezes, não são facilmente reconhecidos na infância, porém a importância desse agravo e seus problemas sociais, físicos e de desenvolvimento psicológico não podem ser negligenciados, devido à elevada possibilidade de desenvolvimento de incapacidade, destacando-se a importância do profissional de saúde estar sempre atento à possibilidade de hanseníase no diagnóstico diferencial. Diante disso, um grande número de casos de hanseníase sinaliza a hiperendemicidade na comunidade, além de uma deficiência na vigilância e controle da doença, permitindo que a campanha de Hanseníase nas Escolas seja uma ferramenta eficaz e continua sendo realizada anualmente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Na infância, devido à maior dificuldade diagnóstica, aumentam-se as chances do indivíduo evoluir para complicações e deformidades devido maior tempo para resolução do problema. Destaca-se ainda que o contato de indivíduos com a hanseníase na forma bacilífera é considerado a principal fonte de transmissão da doença, principalmente no espaço domiciliar. Nesse sentido, a busca dos contatos na hanseníase mostra-se um método eficaz para o diagnóstico precoce da doença, sendo possível diminuir as fontes de infecção e interromper a cadeia de transmissão desse agravo, pois, nessa faixa, há maior probabilidade de se encontrar a fonte de contágio, que comumente está física e temporalmente próxima. Logo, a educação em saúde é considerada uma das melhores técnicas adotadas para a promoção e prevenção de doenças, e também pode auxiliar no diagnóstico precoce da hanseníase.


Palavras-chave


Diagnóstico precoce; Educação em saúde; Infecção; Mycobacterium leprae