Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Desconstruindo Preconceitos no SUS
Andrey Roosewelt Chagas Lemos

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


Nessa aula apresentamos uma reflexão sobre a formação da sociedade brasileira, a influência do patriarcado, do escravagismo e da igreja na nossa formação ocidental e como esses processos históricos influenciaram nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais e os reflexos na nossa sociedade. A luta do povo negro, das mulheres contra a discriminação, pela igualdade de direitos e oportunidades e pelo direito a saúde. O conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde sobre o bem estar físico e mental (1960); O movimento pela reforma sanitária, a criação do SUS com seus princípios e diretrizes e a participação dos movimentos sociais;  Os machismos, racismos e lgbtfobiais como determinantes sociais na saúde e a importância do enfrentamento ao preconceito para reduzir as vulnerabilidades desses seguimentos e promover o acesso com equidade e o desafio da integralidade do cuidado na saúde da juventude negra e LGBT;

A construção e a relevância das políticas de equidade no SUS para a consolidação de uma agenda transversal com a prevenção colaborando para refletir sobre caminhos possíveis para o enfrentamento do racismo e da lgbtfobia no SUS;

Essa aula tem como objetivo refletir sobre a necessidade de fortalecer a mobilização e participação social na saúde e contribuir com a partilha  de conhecimentos no campo da saúde pública com foco no reconhecimento dos processos históricos de discriminação de raça, etnia, gênero e orientação sexual legitimados pelo patriarcado e escravagismo fortemente enraizados na cultura e na sociedade brasileira como determinantes sociais em saúde, como esses aspectos incidem nos processos saúde-doença-reabilitação. E ainda buscar refletir a partir das experiências de participação e controle social como dialogar com a gestão do cuidado reconhecendo os marcos legais que podemos utilizar no enfrentamento às iniquidades reduzindo vulnerabilidades e colaborando efetivamente com a gestão na promoção do acesso dessas populações aos serviços de saúde. Entende-se que a participação de usuários na gestão do SUS através do controle social, principalmente com foco na qualificação do atendimento dessa rede de serviços, é importante com vistas a garantir a integralidade do cuidado para essas populações, produzindo  saúde como bem estar físico e mental e fortalecendo o protagonismo do SUS no enfrentamento ao machismos, racismos e lgbtfobias. Precisamos também considerar a participação, a mobilização e o controle social para a efetividade de uma saúde equânime, universal e integral corroborando para um processo civilizatório que reduza as desigualdades no acesso e alcance melhores indicadores na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, do HIV, Aids e Hepatites Virais. Dessa forma desejamos que esse módulo deve contribuir com a incidência política de jovens no enfrentamento e no controle da epidemia das IST, HIV, Aids e Hepatites Virais considerando suas vulnerabilidades ampliadas por conta dos machismos, racismos e lgbtfobias.

 

 


Palavras-chave


Racismo, LGBTfobia, Saúde, SUS