Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ESCASSEZ E ESTRATÉGIAS PARA PROVIMENTO DE MÉDICOS PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Anderson Freitas de Santana

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Ao analisar a literatura nacional e internacional sobre a escassez de recursos humanos para a APS, não é recente a organização de governos e instituições de ensino para enfrentar e minorar um problema que afeta o acesso de milhares de pessoas aos cuidados primários em saúde. (MACIEL FILHO, 2007).

Embora a escassez de médicos seja um problema encontrado em todo o país, a razão do número desses profissionais em 2013 foi de 1,48 médicos por 1.000 habitantes no Brasil e 0,97 médicos por 1.000 habitantes na Bahia, segundo dados cadastrados no CNES. Essa realidade é diferente dos países com sistema universal de saúde, onde a razão de médicos por 1.000 habitantes é superior a 1,8.

Esses números revelam que a má distribuição de médicos e a escassez desses profissionais, tornam-se desafios para implementação da Política Nacional de Atenção Básica, sobretudo, a expansão da cobertura populacional da Estratégia de Saúde da Família no Estado da Bahia, que aconteceu de formas distintas e em diferentes contextos (CFM, 2011; GIRADI, 2010).

Este estudo teve como principal objetivo realizar a revisão de literatura nacional e internacional sobre a escassez de médicos para a Atenção Primária à Saúde e principais estratégias governamentais para provimento de médicos.

A revisão de literatura foi realizada nas principais bases de pesquisa nacional e internacional. Foram utilizados descritores na língua portuguesa e seus correlatos nas línguas espanhola e inglesa. A partir dos critérios estabelecidos foram selecionados 130 artigos e, destes, 37 participaram do estudo.

Diversos estudos apontaram que os principais fatores que dificultam a atração de médicos para atuar na APS em regiões remotas e de difícil acesso estão relacionadas à formação inadequada de profissionais, remuneração dos profissionais inferior à outras especialidades, distribuição desigual de médicos, processo migratório, salários poucos atrativos, incentivos inadequados, ausência de equipamentos de lazer e de infraestrutura local, formação dos médicos desarticulada as necessidades do sistema de saúde, má distribuição das escolas médicas e movimento migratório dos médicos (NKOMAZANA, 2015; SHTASEL ET AL., 2015; LEONARDIA, ET AL., 2014; MACIEL FILHO, 2007)

As principais estratégias governamentais adotadas para minorar a escassez de médicos para APS foi reorientar a formação médica, remunerar os médicos de forma adequada, oferta de condições de vida e infraestrutura na zona rural, oferta de incentivos monetários, treinamento para médicos que atuam nessas áreas, redução da dívida estudantil, incentivo monetário, aprimoramento técnico, bônus para processo seletivo de residência médica (NKOMAZANA, 2015; SHTASEL ET AL., 2015; SILVA; PINEAULT, 2012; MACIEL FILHO, 2007).


Palavras-chave


Escassez de Médicos, Provimento de Médicos, Atenção Básica