Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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AUSÊNCIA DE ESPAÇOS DE DISCUSSÃO ENTRE OS SERVIÇOS DE SAÚDEMENTAL E REABILITAÇÃO QUE ATENDEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS
Ângela Malaquias Da Silva Da Silva, Danielle Cristina Santos, Felipe Canellas Storino, Michele Rosa de Carvalho, Nilzete De Araújo Ribeiro Costa, Rosemary Ribeiro, Simone Barbosa Lopes Alves, Vera Mansera

Última alteração: 2018-02-10

Resumo


Apresentação: O presente estudo refere-se à criação do projeto aplicativo com a finalidade de criar espaços de discussão entre os serviços de saúde mental e reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias. No início do curso percebemos a existência de um número significativo de profissionais da saúde mental e da reabilitação que atendem a clientela específica e que todos apresentavam uma inquietude em relação as falhas de comunicação entre os serviços e a falta de critérios na realização dos encaminhamentos de acordo com o perfil de cada unidade e qual a melhor terapêutica ou serviço a ser oferecido ao usuário. Aplicamos a experiência baseada em metodologias ativas de ensino-aprendizagem e com este projeto, se espera alcançar como resultado a integralidade do cuidado oferecido a clientela infanto juvenil do município, dar visibilidade aos serviços de saúde que atendem este público como espaços de ensino/aprendizagem , explorar novos campos para encaminhamentos a partir da mutabilidade de cada caso e garantir o acesso e o tratamento para crianças e adolescentes com transtorno/deficiência mental em seu território. Objetivo: Criar espaços de discussão entre os serviços de saúde mental e reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias. Método: No início do ano de 2017 o município de Duque de Caxias teve a oportunidade de sediar o Curso de Especialização “Preceptoria no SUS”, projeto educacional desenvolvido em parceria pelo Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês. Esta iniciativa educacional visa à qualificação dos profissionais de saúde no exercício da preceptoria através da experiência baseada em metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Tivemos dificuldade para definir nosso macroproblema. O macroproblema se constituiu na medida que relacionamos as principais questões que dizem respeito ao atendimento de crianças e adolescentes nas unidades de saúde onde trabalhamos, identificando dificuldades do cotidiano das unidades que apontaram para falhas na comunicação entre os serviços. Muitas crianças e adolescentes, em suas necessidades de atendimento em saúde, demandam ações que dizem respeito à área da saúde mental e da reabilitação, dificultando a percepção, por parte dos profissionais, do melhor a ser oferecido, seja ou não na área da saúde. Na prática é possível perceber que os usuários são encaminhados de um serviço para o outro sem que critérios importantes estivessem estabelecidos. Defendemos que a decisão de um usuário ficar em uma ou outra unidade vai depender do estabelecimento claro do que cada unidade pode oferecer, as ofertas de atendimento precisam ser baseadas no que é o melhor para o usuário e entendemos que isso só pode acontecer na discussão de cada caso. Após diversas dinâmicas concordamos que o macroproblema equivaleria: a ausência de espaços de discussão entre os serviços de saúde mental e reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias. Realizamos uma dinâmica para a priorização dos problemas onde utilizamos a ferramenta “matriz decisória” para identificação do macroproblema mais relevante e elaboração de um plano de intervenção. A matriz decisória define que cada problema apresentado deve ser avaliado de acordo com alguns critérios como: magnitude, valorização, vulnerabilidade, custos, relevância, urgência, factibilidade e viabilidade. O grau de magnitude atribuído a um problema refere-se ao tamanho do problema, ou seja, quanto mais pessoas afetadas, maior é a importância. A valorização faz referência a importância que os atores sociais atribuem ao problema. Em relação a vulnerabilidade o grau atribuído refere que se tendo os recursos será fácil resolver o problema. Por custos entende-se que se houver recursos suficientes haverá resolução do problema, isto é, quanto menor o custo de intervenção mais é indicativo desta possibilidade. Entende-se por relevância a importância do problema e por urgência a quão imediata é a necessidade de resolução do problema. Já por factibilidade e viabilidade entendemos que é a capacidade de intervenção e execução das ações, respectivamente. Após a avaliação desses critérios definimos as prioridades para enfrentar o macroproblema dentro das nossas circunstâncias. O segundo macroproblema obteve maior pontuação, apontando para sua maior factibilidade e viabilidade. Pareceu-nos também que, do ponto de vista da preceptoria, há a necessidade de estabelecer, tanto nos serviços de saúde mental quanto nos serviços de reabilitação, um ambiente que oportunize a formação de profissionais capazes de dialogar com suas práticas com as necessidades específicas de crianças e adolescentes com transtorno de saúde mental. Nesse contexto, decidimos por trabalhar com o segundo macroproblema. Seguimos para o mapeamento dos atores sociais e partimos da proximidade que eles tinham em relação à instituição, segundo seus valores e interesses. Para isso utilizamos uma matriz de valor e interesse diante do problema priorizado. Após a priorização do problema e o mapeamento dos atores sociais construímos a árvore explicativa onde identificamos os descritores, as causas e as consequências a partir do macroproblema elencado: “Ausência de espaços de discussão entre os serviços de Saúde Mental e Reabilitação que atendem crianças e adolescentes no município de Duque de Caxias”. A partir deste ponto identificamos os descritores que contribui para a construção do plano de ação. Considerações Finais: O estudo nos possibilitou estabelecer uma linha de cuidado que inclui uma diversidade de caminhos para alcance de uma atenção qualificada, que vise a garantia da produção do cuidado continuado, comunitário e territorial, incluindo atenção básica, ambulatório especializados, Centro de atenção psicossocial, Centros de Reabilitação. Assim como a necessidade do trabalho em rede, tanto da saúde, como intersetorial a Criação de espaços de educação permanente tem a finalidade de garantir acesso e tratamento para criança e adolescente com transtorno/deficiência mental em seu território, possibilitando assim direcionar esta clientela de forma responsável e mais adequada, melhorando assim a comunicação entre as equipes. Com isso haverá possibilidade de aumentar o atendimento da clientela nos ambulatórios, reduzindo os encaminhamentos inadequados e podendo garantir a execução do protocolo elaborado. Esperamos alcançar como resultado a integralidade do cuidado oferecido a clientela infanto juvenil do município e dar visibilidade aos serviços de saúde que atendam criança e adolescente com transtorno/deficiência mental. Como a criação dos espaços de ensino/aprendizagem. As ações esperadas seria a sensibilização dos gestores para implantação/implementação do plano, estimular a participação dos profissionais e fortalecer o grupo de trabalho da saúde mental e reabilitação como espaço permanente de discussão e definição de temas, como também as capacitações e criação de fórum da infância e adolescência.

 

 

 

 

 

 


Palavras-chave


Ensino Aprendizagem; Saúde Mental; Reabilitação,;Educação