Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-25
Resumo
Tema – Educação Permanente em Saúde (EPS) para Médicos e Enfermeiros da ESF – Abordagem Multiprofissional e Centrada na Pessoa
Apresentação: Relato de Experiência do trabalho desenvolvido com médicos e enfermeiros em grupos mistos voltado para Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP), Preparação da Consulta, Comunicação e Trabalho com Grupos;
Desenvolvimento do trabalho: Dentro da educação permanente em saúde na Estratégia de Saúde da Família, predominam os temas clínicos. Em geral, são abordados separando os integrantes da equipe – médicos/enfermeiros.
Em um grupo de treze Unidades de Saúde oi realizado uma série de treinamentos voltados para os temas MCCP, Preparação da Consulta, Comunicação e Trabalho com Grupos. Construído em equipe multiprofissional (Enfermeiras, Médicos de Família, Psiquiatra e Fonoaudióloga), cada tema era planejado para 4 horas de atividade em grupos mistos de médicos e enfermeiros. O formato escolhido privilegiou metodologias ativas, dramatização e trabalho com relatos de caso. Foram disponibilizadas vagas para todo o público alvo.
Resultados e/ou impactos: Cada encontro foi avaliado por meio de questionário Net Promoter Score adaptado que indicou uma alta porcentagem de satisfação. A equipe que administrou o treinamento percebeu uma grande heterogeneidade no conhecimento prévio e aproveitamento das discussões.Considerações finais: Durante os encontros observou-se que os temas elencados eram de desconhecimento da maioria dos participantes e as discussões realizadas em grupo focavam em aspectos predominantemente biomédico e curativo. Outro aspecto foi a falta de conhecimento dos profissionais, em reconhecer métodos e estratégias de atendimento que estimulem o paciente a assumir o cuidado da sua própria saúde, autonomia para as práticas de prevenção e promoção à saúde ou adesão ao tratamento. Além disso poucos exploraram ou valorizavam aspectos relacionados a medos e ansiedades do paciente.
Para os facilitadores, uma parte dessa deficiência decorre da formação desses profissionais que atuavam nas unidades. Assim fica patente a necessidade de ações voltadas a humanização e formação de profissionais realmente preparados para o cuidado integral