Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PAINEL EDUCATIVO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: ELABORAÇÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DE ADOLESCENTES
João Victor Lira Dourado, Francisca Alanny Rocha Aguiar, July Grassiely de Oliveira Branco, Francisca Bertilia Chaves Costa

Última alteração: 2018-06-18

Resumo


INTRODUÇÃO: A adolescência compreende uma etapa de mudanças entre a infância e a idade adulta, caracterizada por um estágio complexo do ciclo vital devido à quantidade e qualidade de transformações, implicando no início das relações sexuais somado a comportamentos de risco e vulnerabilidade, como a contaminação pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Assim, verifica-se a necessidade de um diálogo sobre essa temática com os adolescentes para que com autonomia possam desenvolver um pensamento crítico-reflexivo para a realização de condutas livre de riscos e complicações. Nesta perspectiva, acentua-se a tecnologia educacional como estratégia de educação em saúde que aprimora o desempenho do aprendiz mediante elaboração, utilização e gestão de recursos tecnológicos. OBJETIVO: Descrever a construção de painel educativo por adolescentes em atividade de educação em saúde. MÉTODOS: Relato de experiência de uma oficina educativa intitulada “Educação em Saúde sobre IST’s/HIV/AIDS com um grupo de adolescentes”, realizada na Estação Juventude de um município do Ceará. Participaram das oficinas adolescentes de ambos os sexos com idades entre 14 a 19 anos de idade. A ação foi composta por seis momentos: I) Autorretrato: conhecendo o grupo; II) Desvelando a Sexualidade; III) IST’s: encontro de descobertas; VI) HIV/AIDS: desmistificando significados; V) Conhecendo como se prevenir; e VI) Elaborando um material educativo sobre o que eu aprendi. Devido à dimensão da atividade educativa, neste manuscrito, apresentou-se a descrição do sexto momento. Usou-se como recursos para a realização do momento: revistas, tesouras sem ponta, canetas, colas, cartolinas e pincéis coloridos. RESULTADOS: O material educativo elaborado pelo grupo masculino elencou algumas infecções, tais como: Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sífilis, gonorreia e hepatite B, circunscritas pelos seus principais sinais e sintomas, como também pelas formas de contágio. Ao final do instrumento, destacaram a utilização do preservativo nas relações sexuais como método para a prevenção das infecções. Já o grupo composto pelo sexo feminino, partiu para o cunho educativo, elucidando a importância da camisinha nas práticas sexuais, o acompanhamento médico, a realização de exames periódicos e a relevância do autocuidado para melhorias na qualidade de vida e saúde, além de desenhos referentes à embalagem do preservativo e os órgãos sexuais de ambos os gêneros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso de tecnologia educativa, como estratégia de educação em saúde com adolescentes, foi essencial para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que ultrapassa o modelo tradicional da educação bancária/depositária para o enfoque no sujeito, tornando-o autônomo e protagonista do processo educativo a partir da construção e produção do material, sucedidos de conhecimentos e experiências vividas. Acredita-se que por si só a aquisição de informações sensibilizou os envolvidos em relação aos temas, o que pode contribuir no autocuidado, na mudança de conduta e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida e saúde.

Palavras-chave


Educação em saúde; Tecnologia educativa; Promoção da saúde