Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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CAMPANHA DOE ÓRGÃOS, DOE VIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Vanessa Vieira Pinheiro Corrêa, David Sanches Figueiredo Viana, David Sanchez Figueiredo Viana, Edilson Santos Silva Filho, Edilson Santos Silva Filho, Gabriel da Costa Soares, Gabriel da Costa Soares, Miguel Rebouças de Souza, Miguel Rebouças de Souza, Maristella Rodrigues Nery da Rocha, Maristella Rodrigues Nery da Rocha

Última alteração: 2018-03-08

Resumo


APRESENTAÇÃO: O transplante de órgão sólido é uma opção de tratamento para melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas de caráter irreversível e em estágio final. A partir de 2011, a decisão de doar os órgãos é de responsabilidades dos familiares. As famílias enfrentam uma série de dilemas éticos na hora de decidir o que fazer com o ente querido recém-perdido. A própria dificuldade em compreender o conceito da morte encefálica contribui para a negação. É algo que ainda não está sedimentado para a maior parte da população. E os motivos para a negação vão muito além: medo da reação e de conflitos com o resto da família, suspeitas de corrupção e do comércio ilegal de órgãos, desconfiança quanto às informações passadas pelos médicos, e muito mais. A partir dessa problemática, a Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina – IFMSA Brazil UEPA Santarém, criou a campanha “doe órgãos, doe vida”, com o objetivo de divulgar ainda mais os conceitos de morte encefálica e os benefícios e não-malefícios da doação de órgãos, tendo como finalidade aumentar o número de possíveis doadores. DESENVOLVIMENTO: Primeiro ocorreu uma capacitação dos acadêmicos pelos responsáveis pela Organização de Procura de Órgãos – OPO/Tapajós do Hospital Regional do Baixo Amazonas – HRBA. Na qual, foi abordado sobre morte encefálica, questões legais sobre ser doador, procedimentos, etapas e testes para o possível doador. Após a capacitação, foi realizado à intervenção na comunidade, na orla fluvial de Santarém – PA, local com imenso fluxo de transeuntes de todas as classes sociais. No local, foi armado uma tenda com banners, mesas e cadeiras para chamar a atenção dos transeuntes que ali caminhavam. Os acadêmicos iam abordando individualmente e entregando os panfletos sobre doação de órgãos, enquanto explicavam como ocorre o processo de captação de órgãos e como a doação de órgãos afeta a sociedade em âmbito regional e nacional. Os panfletos possuíam respostas de dúvidas frequentes da população. Ao final da abordagem, o participante recebia um adesivo com o logo da campanha, com o intuito de repassar as informações ali recebidas para a sua família e/ou amigos. RESULTADOS: A campanha obteve elevado índice de satisfação, visto que os acadêmicos ficaram bastantes satisfeitos com o trabalho, pois todos têm expectativa que essa ação promovida pela IFMSA em parceria com a UEPA, de alguma forma, contribua para aumentar a autorização familiar à captação de órgãos post-mortem ou promova a doação intervivos. Foi percebido que a grande maioria não tinha conhecimento sobre o tema, sobre o que era morte encefálica e como transcorria o processo de doação de órgãos. Conseguimos abranger desde de graduados até analfabetos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A grande demanda por transplantes em oposição à carência de órgãos captados para tal fim tem motivado numerosas iniciativas no intuito de aumentar a captação de órgãos. Nesse cenário, a campanha promovida pela IFMSA, propôs esclarecer a população e quebrar tabus que ainda existem sobre a doação de órgãos.


Palavras-chave


Setembro verde; doação de órgãos