Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PUERICULTURA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Anny Reis, Marcela Menezes dos Santos, Adriano de Oliveira Sotto Mayor, Mariana Santiago Bernardes, Jeanne Viana de Oliveira, Adnaldo da Silveira Maia, Gabriel Rebello Pennini, Orlando Luigi Bertollo de Oliveira

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


A puericultura tem como objetivo promover o acompanhamento sistemático da criança, avaliando seu desenvolvimento ininterruptamente. O documento base é a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) onde são registrados dados relevantes da saúde infantil possibilitando o contato periódico entre a família e os profissionais da saúde. Este trabalho teve por objetivo descrever o perfil clínico-epidemiológico de crianças na Estratégia de Saúde da Família (ESF). A pesquisa foi realizada em duas unidades básicas de saúde (UBS), UBS O-10, localizada no bairro Nova Esperança e UBS 02 no bairro Redenção, em Manaus – AM, no segundo semestre 2017, por meio de visitas domiciliares a crianças de 0 a 5 anos, juntamente com Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Trata-se de um estudo transversal e descritivo onde foram aplicados questionários padronizados, além da avaliação complementar da CSC. Um total de 68 crianças foram incluídas. Destas, a maioria era do sexo masculino (55,9%). A média de idade foi de 15,1 meses. Em relação ao parto, a quantidade de cesáreas igualou-se à de parto normal em 33 casos (48,5%) para cada, sendo que dois casos (2,9%) não houve informação. Sobre intercorrências na gravidez, houve um total de 26 (38,2%), de modo que destas, 10 (38,5%) foram por infecção do trato geniturinário, 6 (23,1%) ocorreram por Doença Hipertensiva Específica da Gravidez, 2 (7,7%) foram sangramentos, sendo um destes placenta prévia, 2 (7,7%) casos de sofrimento fetal, 1 (3,8%) foi infecção sexualmente transmissível, neste caso foi sífilis, 1 (3,8%) caso de anemia aguda, 1 (3,8%) foi eritroblastose fetal, 1 (3,8%) arritmia, 1 (3,85) caso de oligodramnia, 1 (3,8%) caso de desproporção céfalo-pélvica e 1 (3,8%) de incompetência istmo cervical. Referente ao peso ao nascer, das 63 crianças que possuíam essa informação na CSC, 9 (24,3%) nasceram com mais de 4 kg e somente 1 (1,6%) nasceu abaixo de 2 kg. A respeito da situação vacinal, 14 crianças (20,6%) estavam com o calendário vacinal incompleto, sendo que destas, 7 (50%) estavam com mais de uma vacina atrasada. Das vacinas ausentes, a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) foi a principal, ausente em 4 crianças (28,6%), seguida da Tríplice Viral, Pentavalente, Meningocócia C e DTP ausentes em 3 crianças (21,4%) respectivamente, depois Tetravalente, Rotavírus, Pneumocócia 10 V, Vacina Oral Poliomielite (VOP), Hepatite A e Influenza faltando em 2 crianças (14,3%) cada, já a vacina contra febre amarela esteve ausente em apenas uma criança (7,1%). No relatório alimentar atual, foi verificado que 3 (15,8%) das 19 crianças de 0 a 6 meses não se alimentavam de leite materno e 10 (25,6%) das 39 crianças maiores de 9 meses ainda não haviam sido iniciadas na alimentação familiar. No desenvolvimento neuropsicomotor, 4 (5,9%) crianças apresentavam alterações. Percebeu-se que muitas CSC encontravam-se incompletas, dificultando a pesquisa. Desse modo, reitera-se a importância da educação continuada a todos os profissionais de saúde, a fim de potencializar a puericultura na região.


Palavras-chave


Puericultura; Caderneta de Saúde da Criança; Estratégia Saúde da Família