Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Pintando as emoções. Curando o coração.
Aguiar Gomes Maria José, Almeida Ribeiro Elinilcia, D’ELIA GAMA DELYANE

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Apresentação: Esse trabalho é um relato de experiência de alunos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas,  Campus de Coari /AM, com 12 mulheres em hospital universitário que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio e passaram por longos momentos de espera enquanto aguardavam o tratamento. Durante o período de internação observou-se que a espera gerava grande ansiedade nessas pacientes. Apresentavam-se chorosas, apreensivas e pensativas sobre seus diagnósticos de saúde. E mais apreensivas ainda com a possibilidade de cirurgias, o que envolveria um tempo maior de internação. Desenvolvimento do trabalho: Afim de diminuir a ansiedade gerada por essa espera sem fim, ofertou-se as mulheres, mandalas e outros desenhos com lápis de cor para que pintassem, possibilitando o alivio de suas ansiedades, preocupações, diminuição do tempo de espera e principalmente a expressão de suas emoções. Resultados e/ou impactos: Ao abrir as rodas de conversa para expressar o significado de suas “artes”, muitas revelações foram feitas: desde situações afetivas entre seus filhos, seus cônjuges, relações estremecidas com seus pais nos tempos de suas juventudes, violências domésticas verbais ou simplesmente a indiferença, a falta de uma palavra carinhosa que a maioria das jovens sonhadoras dos rios amazônicos espera. Dos laços com novos amigos constituídos no hospital durante a internação, “...Uma nova família, do dotô ao moço da limpeza. Vou levar todos no coração”. Um outro relato revela: “Quando cheguei aqui parecia esse patinho maior, preso pela doença, meu coração estava escuro de tanta tristeza que guardei ao longo da vida, mas nossas ‘conversa’ novas cores foram tomando conta de mim, agora sou esse patinho colorido ao fundo... Ainda tenho pontinhos escuros, mas não vou deixar mais eles tirarem o colorido que ganhei com essa nova chance de vida...”. Considerações finais. Do ponto de vista fisiopatológico, essas mulheres tiveram diminuição das arritmias cardíacas, estabilidade da pressão arterial, diminuição de suas ansiedades. Se mostraram mais otimistas e dispostas para buscar qualidade de vida após alta hospitalar. Essa experiência possibilitou uma reflexão sobre o impacto que emoções ruins reprimidas podem afetar a saúde de uma pessoa de forma grave. Abrir espaço para pacientes internados pode aliviar suas emoções e isso ser um forte aliado junto as condutas terapêuticas adotadas dentro dos hospitais.

 


Palavras-chave


IAM; Mulheres; Emoções.