Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EXENTERAÇÃO PÉLVICA TOTAL: UM RELATO DE CASO
Bruna Amora Guedes, Beatriz França Alencar, Ana Katly Martins Gualberto Vaz

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


APRESENTAÇÃO: A neoplasia de colo uterino é segundo tipo mais frequente entre as mulheres, e muitas vezes tem o seu prognóstico tardio. Nesse caso, a exenteração pélvica total é a melhor opção para a tentativa de cura, sendo um tratamento cirúrgico que consiste na retirada de todos os órgãos comprometidos pelo câncer. O presente estudo tem por objetivo discorrer sobre um relato de caso feito por acadêmicas do curso de graduação em enfermagem utilizando o Processo de Enfermagem (PE) em hospital universitário da cidade de Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: o presente relato de caso foi autorizado pelo paciente e supervisionado por um professor-orientador. C.C.P., sexo feminino, 44 anos, 45 kg, parda, natural de Manaus, casada, ensino médio completo, doméstica, residente fixa na capital do Amazonas, católica praticante. Em 2011 foi encaminhada a um Centro de Controle de Oncologia com diagnóstico de neoplasia de colo uterino. Em 2012 iniciou sessões de radioterapia (RT) e quimioterapia (QT) e terminou em 2013. Em 2017 houve uma recidiva pós-tratamento de QT e RT. Encaminhada e admitida em um hospital universitário de Manaus para realizar uma exenteração pélvica total (Anterior e Posterior) na tentativa de cura. Faz uso de tilatil, metronidazol, omeprazol, dipirona e ondansentrona. No pós-operatório foi necessário instalar colostomia molhada na área do flanco esquerdo. Relata fraqueza necessitando de orientação e ajuda do acompanhante para ir ao banheiro para seu autocuidado. Afirma está com a deambulação prejudicada, segundo informações colhidas (SIC). O padrão de sono está comprometido. Relata não sentir náuseas e enjoos. Necessidade de dieta zero para tratamento de complicação pós-operatória e com aporte calórico. Segue no momento com suporte parenteral exclusivo até a possibilidade de dieta por via oral. Lúcida e orientada no tempo. Foram solicitados exames de hemograma, ionograma, gasometria e uma tomografia. Foram encontrados 05 (cinco) diagnósticos de enfermagem pelas acadêmicas, os quais são: incontinência urinária e intestinal, déficit de cuidado para o banho, mobilidade física prejudicada, padrão de sono prejudicado e integridade tissular prejudicada. Além do mais, foram idealizados pelas discentes, planejamento e intervenção. Vale ressaltar que todo o PE foi segundo a NANDA (Associação Norte-americana de Diagnósticos de Enfermagem), NIC (Classificação das Intervenções de Enfermagem) e NOC (Classificação dos Resultados de Enfermagem). RESULTADOS: os diagnósticos identificados abordaram, essencialmente, as necessidades psicobiológicas. Percebeu-se a evolução enquanto estudantes de enfermagem, pois foi um caso distinto e raro de um profissional da área já supramencionada de se trabalhar. Tal procedimento tem pouco destaque no âmbito de enfermagem e mais estudos precisam ser realizados para mostrar a importância do mesmo para tal patologia na assistência continuada do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: esse estudo de caso afirma que uma assistência de enfermagem sistematizada pode promover um cuidado direcionado e um registro de enfermagem com embasamento cientifico, possibilitando uma continuidade em uma assistência de qualidade utilizando o Processo de Enfermagem.

 


Palavras-chave


Neoplasia; Exenteração Pélvica; Enfermagem.