Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ANIMAIS PEÇONHENTOS: QUEM TEM MEDO DELES? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Thiago Cavalcante Pereira, Isabelle Vasconcelos Sousa, Maria Ermelinda Oliveira

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Dentro do contexto da grande diversidade da fauna amazônica estão as espécies de animais peçonhentos provenientes dos mais variados táxons. São considerados peçonhentos todos aqueles animais que, com o intuito de caçar ou se defender, possuem a capacidade de inocular substâncias tóxicas, produzidas por glândulas especializadas. Serpentes, aranhas, escorpiões e lacraias são alguns exemplos. É possível e recorrente o encontro acidental desses animais com os habitantes da área urbana, principalmente em regiões de fragmentos florestais da cidade, tornando a relação homem-animais peçonhentos conflituosa e marcada pelo medo e repulsa. Objetivo: Difundir o conhecimento sobre animais peçonhentos regionais, bem como seu controle e prevenção, buscando estimular o interesse e a participação na conservação das espécies amazônicas e, no contexto da saúde pública, contribuir para a melhora do índice epidemiológico desses tipos de acidente. Metodologia: O assunto foi abordado através da explanação do assunto por especialistas e metodologias ativas como tempestade cerebral, uso de óculos de realidade virtual e exposição de animais peçonhentos conservados. O projeto focou suas ações em 3 locais: Universidade Federal do Amazonas, Instituto Federal do Amazonas e escola Centro Municipal Aníbal Beça (CMAB). As atividades desenvolvidas foram específicas para cada local, visto que se tratavam de públicos alvos distintos. Na UFAM e no IFAM, o projeto realizou palestras, treinamento de manejo, coleta, transporte e métodos de prevenção para esses animais. Os principais públicos visados foram os funcionários de limpeza e da vigilância, frisando a importância do conhecimento sobre métodos preventivos e primeiros socorros em caso de acidentes. No CMAB, por se tratar de um público jovem, as atividades buscaram ter um caráter mais dinâmico, com maior participação dos envolvidos. Foram realizadas palestras de sensibilização, exposição de exemplares de diversos animais em conserva, divisão dos alunos em diferentes grupos para realizações de atividades lúdicas concomitantes na forma de oficina, elaboração de maquetes, desenhos, “tocas” do conhecimento, jogos etc. Ao início e final de toda ação foram aplicados questionários com intuito de analisar o conhecimento prévio da comunidade a respeito do tema e compará-lo com o conhecimento final após as palestras e demais atividades. Resultados: A grande maioria do público se mostrou muito receptivo e colaborativo à iniciativa do projeto, participando ativamente das diversas atividades aplicadas, sobretudo demonstrando interesse pelas ações. Através da análise dos questionários, foi possível quantitativamente constatar que a porcentagem dos participantes que relataram ter medo diminuiu, enquanto que a dos participantes que corretamente associaram medidas de prevenção e primeiros socorros aumentou. Conclusões: A adequação das atividades para tornar o processo mais dinâmico foi crucial para o sucesso do projeto. A participação dos acadêmicos em todo o processo de planejamento, criação e interação com o público contribuiu para sua formação profissional quanto à tomada de decisões e aplicação prática do conhecimento teórico. Todo o público e os participantes vivenciaram novas experiências e ampliaram de forma significativa o conhecimento sobre o tema, reformulando conceitos sobre os animais peçonhentos, sua importância no ecossistema, o despertar para a conservação das espécies, medidas de prevenção de acidentes e primeiros socorros.

Palavras-chave


animais peçonhentos; educação em saúde; prevenção