Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Ações educativas para gestantes sobre a alimentação saudável, com alimentos regionais: vivências de um residente
Tatiane Silva de Araújo, Orácio Carvalho Ribeiro Junior, Semírames Cartonilho de Souza Ramos, Maria Suely de Sousa Pereira, Maria Auxiliadora Pires Pond

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Apresentação

A atenção básica de saúde, especificamente, no período de assistência ao ciclo gravídico  tem uma valiosa oportunidade para a realização de orientações educativas sobre o manejo alimentar mais saudável durante as atividades voltadas para gestantes, que podem contribuir beneficamente para saúde de mãe-concepto envolvendo aspectos relacionados à promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos e com redução de danos, objetivando uma atenção que impacte positivamente na saúde e autonomia das gestantes, através da dieta com alimentos regionais com mais saudáveis. Inúmeras patologias têm como um de seus fatores de risco para desenvolvimento ou agravo a ingestão de uma dieta inadequada, que ocasiona um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes realizada, repercutindo no bom andamento da gestação e causando alterações que afetam a saúde materna e fetal, entre os principais agravos que podemos citar são a ocorrência de quadros de anemias, ganho de peso inadequado, a ocorrência de parto prematuro, restrição de crescimento fetal intrauterino, o surgimento de patologias gestacionais como Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) e Diabetes Gestacional (DG), entre outros agravantes que podem prejudicas a saúde da mãe e do concepto e trazer um desfecho não desejável para a gestação. Quanto as recomendações para a ingestão durantes a gestação o MS menciona que as gestantes devem ser incentivadas a variar o cardápio alimentar usando de acordo com a disponibilidade regional e as formas de preparo, mas evitando o uso de carnes gordas e salgadas ou embutidos, pois elevam a quantidade de gorduras e sal na alimentação, a respeito do consumo de sementes (de girassol, gergelim, abóbora e outras) e castanhas (do Brasil, de caju, nozes, amendoim, amêndoas e outras), tais alimentos são fontes de proteínas e de gorduras de boa qualidade, o consumo de soja, o grão-de-bico e a lentilha, que podem ser usados no preparo de saladas frias, frutas, legumes e verduras deve ser uma prática constante do profissional de saúde na atenção à saúde da gestante. Pois alimentos são ótimas fontes de vitaminas, minerais e fibras e, no caso das gestantes, são essenciais para a formação saudável do feto e a proteção da saúde materna.

Método do estudo

Trata-se de um estudo descritivo-reflexivo, com abordagem qualitativa para descrever as experiências de uma residente em enfermagem obstétrica acerca das práticas de orientações alimentares para gestantes durante todas as oportunidades de esclarecimento dessas, entre o período de 2015 e 2017, dentro de suas práticas assistência individuais e coletivas no atendimento pré-natal em unidades básicas de saúde da cidade de Manaus-AM.

Resultados e/ou impactos

Na Percepção da Enfermeira Residente em Obstetrícia (ERO) era visível a repercussão positiva das orientações identificada nas falas, no comportamento das gestantes e parturientes (quando foi possível encontra-las na maternidade) e principalmente no estado de saúde das gestantes, que se apresentavam esclarecidas e mais emponderadas sobre o que era mais saudável para sua alimentação e que tipos de alimentos trariam um valor nutricional mais adequado ora para o bem-estar próprio e de seu bebê, buscando saber mais sobre o estado do concepto, o processo do parto e nascimento, comunicando se bastante com os profissionais de forma a esclarecer suas dúvidas. Notou-se um grande valor na oferta de orientações para as gestantes nos cuidados com sua alimentação sempre dando enfoque em alimentos mais comuns na região amazônica para facilitar adesão a dieta. Por vezes, orientações simples são eficientes, considerando que o nível socioeconômico da região amazônica também seria um entrave para a manutenção de uma alimentação saudável, pois nem sempre nossas gestantes têm recursos financeiros suficientes para adquirir alimentos mais usuais nas outras regiões do Brasil, desta forma, priorizar alimentos regionais e típicos da região amazônica teria o intuito de tornar os custos da alimentação mais acessível. Outro entrave, perceptível foi em relação as gestantes adolescentes que em sua maioria tem um costume alimentar preocupante com uma dieta rica em consumo de alimentos industrializados, com pouca qualidade nutricional e grande fonte de carboidrato simples, gorduras saturas e colesterol, ocorrendo situações em que todas as refeições eram praticamente iguais, esses dados mostram uma realidade vinculada a uma situação de risco, vista que a alimentação pode levar estas gestantes ao desenvolvimentos de variadas patologias gestacionais e projetar o desenvolvimento de fatores de riscos gestacionais causados por uma alimentação inadequada, colocando a saúde do binômio em extremo risco. Despertar a mudança e a consciência do indivíduo por meio da informação não é tarefa fácil e necessita que o profissional conquiste um vínculo de confiança com a gestante para que esta relate suas dúvidas e experiências, afim de conseguirmos repassar informações que supram as necessidade reais, com vistas a favorecer o esclarecimento das gestantes sobre os nutrientes que precisam com mais prioridade durante o ciclo gravídico e considerar as necessidades do grupo em questão, cuja  a essência deve ser oferecer informações que proporcionem uma melhor qualidade de vida durante a gestação e a promoção da saúde. Considerações finais

As ações educativas com orientações alimentares envolvendo a indicação de alimentos regionais facilita o acesso das gestantes a introduzirem em sua rotina alimentar alimentos mais ricos em nutricional que está precisa para suprir seus déficits nutricionais  durante o ciclo gravídico puerperal, no incessante desafio de mudar a percepção dessas sobre os benefícios de alimentação e que consigo reconhecer o uqe pode ser prejudicial, dando possibilidades para manter uma dieta mais saudável dentro de suas condições financeiras, pois, ao conseguir sensibilizar a gestante, o profissional de saúde conquistará uma excelente colaboradora para o cuidado da saúde, podendo ter mais retorno da qualidade da assistência prestada no pré-natal, afim de incentivar estas gestantes ao autocuidado. Os profissionais de saúde são facilitadores do processo de motivação e informação das gestantes em busca de hábitos mais saudáveis, e ao disseminarem o conhecimento durante as ações de saúde de pré-natal, devem estar ciente da sua importância e do valor que as informações transmitidas repercutiram na vida dessa gestante, e lançar mão de todas as ferramentas para atingir uma melhor qualidade de aproveitamento das informais educativas de forma elucidativa, transmitindo conhecimento baseadas em evidências cientificas e que tenham linguagem acessível para população.

Palavras-chave


Alimentos para Gestantes; Cuidado Pré-Natal; Atenção Básica de Saúde