Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2017-11-09
Resumo
Apresentação: Objetivou-se relatar a experiência da construção coletiva de um centro de vacinação municipal, na cidade de Goiânia GO, a partir da óptica da problematização e da união do conselho local de saúde, gestão e a sociedade civil organizada. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, em formato de relato de experiência participativa, na óptica do gestor de um serviço público municipal, fundamentado nas etapas do Arco de Maguerez, com sujeitos do processo: Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, um Centro Integrado de Assistência a Saúde (CIAMS), o Gestor, Conselho Local de Saúde e a Sociedade Civil Organizada. Resultados: A partir da grande procura de usuários por vacinação em um Centro Integrado de Assistência a Saúde do Município de Goiânia, e a precária estrutura física de acesso universal ao Programa Nacional de Imunização (PNI), fez se necessárias uma força tarefa entre Gestão/Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Local de Saúde juntamente com a Sociedade Civil Organizada no intuito de unir esforços, lutas, debates e buscar uma solução para o problema, que culminou na construção coletiva de um centro municipal de vacinação com estrutura própria e com financiamento de recursos advindos do Ministério da Saúde e que atualmente atende em média 40 mil pessoas por mês, em todas as faixas etárias, tornando um serviço modelo e de excelência no SUS municipal de Goiânia GO. Atendendo a população de segunda a domingo no horário comercial, garantindo o acesso universal a imunização, principalmente a trabalhadores e mães que não conseguem acesso ao serviço público durante os dias da semana. Além do acesso universal a todas as vacinas, esta unidade passa a ser referência para emissão do certificado de viagem internacional (Cartão de Vacinação Internacional), com acesso direto ao Sistema da ANVISA. Atendendo usuários de todo o Estado de Goiás, que necessitam do bloqueio da vacina contra Febre Amarela e comprovação internacional. Considerações Finais: Conclui-se que a construção do Sistema Único de Saúde, na busca de serviços de qualidade, depende da organização e planejamento, logo as necessidades estruturais e a não participação do controle social, leva o sistema a uma estagnação. A união dos gestores locais, as lideranças da sociedade civil organizada e os conselheiros locais, tornam-se personagens insubstituíveis no processo de construção do sonho a realidade. Vale a pena lutar por um Sistema de Saúde Único e Universal para todos os brasileiros.