Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2017-12-21
Resumo
Apresentação: Nos últimos 20 anos, observa-se uma intensificação do debate sobre a presença de drogas ilícitas no Brasil com uma interpretação de que estas se constituiriam analisadores privilegiados para a compreensão de fenômenos bastante amplos, como o das violências domésticas e urbanas. Desenvolvimento: Tais interpretações parecem ora restringir os olhares sobre as drogas como questão de segurança pública, ora tratar os casos de uso abusivo ou prejudicial, como um problema de saúde. Entretanto, as implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas do uso de drogas, não são consideradas na compreensão global do problema, gerando uma percepção distorcida da realidade sobre o uso de álcool e outras drogas, associado à criminalidade e práticas antissociais e à oferta de “tratamentos” inspirados em modelos de exclusão/separação dos usuários do convívio social. Resultados: Apresentar os resultados da formação em Álcool e outras drogas para agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem para o Estado de Goiás dentro da dinâmica de educação em saúde. A metodologia adotada pressupõe a aprendizagem significativa, ancorada em metodologias ativas de aprendizagem, que superem o conhecer/saber instrumental e desconectado das práticas e realidades. Para tanto, é necessário que se estimule o processo de reflexão sobre as práticas nos territórios e se oriente a atuação dos trabalhadores para as principais diretrizes da política de saúde mental – autonomia, cidadania, território, acolhimento, vínculo, responsabilização e rede. Possibilitar-se-á a oferta de diferentes ferramentas e dispositivos para compreender e atuar tanto nos processos micropolíticos. Considerações Finais: A formação para os agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem se faz necessário uma vez que não existia até então uma política pública voltada para estes agentes promovedores da saúde nos diversos rincões deste Estado. Destaca-se a importância da atuação do enfermeiro dentro da politica de redução ao consumo de álcool e outras drogas através da politica de educação continuada voltada para estes agentes e sujeitos do cuidado. Potencializando a ação do enfermeiro dentro da atenção básica, sendo este responsável pela gestão direta do agente comunitário de saúde e do técnico de enfermagem.