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Atualmente, estima-se que a população mundial com Diabetes Mellitus (DM) seja da ordem de 387 milhões, sendo 16 milhões brasileiros. O número de diabéticos está aumentando em virtude do crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da progressiva prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM. Esta é uma doença crônica que reflete diretamente na saúde bucal, psíquica e física do portador. Visto isso, entre as ações que integram o PET-Saúde GraduaSUS, destaca-se o programa Diabetes 5 Estrelas, que foi criado na unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) Jovino Cardoso I e II, no ano de 2016, visando implantar o autocuidado apoiado, reconhecendo o papel central das pessoas usuárias na atenção básica e diminuindo, assim, os riscos do diabético insulinodependente. A área de abrangência da ESF Jovino Cardoso I e II possui 191 usuários portadores do diabetes, equivalendo a 3,93% da população adscrita e que 46 são insulinodependentes. Dessa forma, o projeto objetiva trabalhar, junto à equipe multidisciplinar e acadêmicos de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Odontologia, em interconsultas apoiadas em 5 itens principais: saber, entender e aceitar; nutrição; exercício físico; insulina; saúde bucal e cuidados com os pés. Assim, faz-se avaliações e visitas domiciliares onde o autocuidado é analisado e pactua-se metas individuais para cada usuário diabético e insulinodependente, incentivando também a participação em grupos de apoio. Diante disso, o presente trabalho busca comparar o antes e o depois da realização do projeto com base nos exames de hemoglobina glicada e glicemia em jejum, os valores de circunferência abdominal e peso, e situações como a redução do paladar, halitose, descarte das agulhas e armazenamento correto da insulina, para, assim, analisar o quanto o programa Diabetes 5 Estrelas auxilia e afeta a vida desses pacientes. Constatou-se que o projeto tem grande influência na rotina dos participantes, já que por meio das consultas e visitas as informações e orientações se tornam constantes. Eles estão tendo hábitos mais saudáveis conforme pactuado, perdendo peso, e, assim, diminuindo a circunferência abdominal. Além disso, através da comparação dos exames de sangue, foi possível notar uma redução dos valores de hemoglobina glicada e da glicemia em jejum. Com essa melhora da taxa glicêmica, foi observado na saúde bucal, que a redução do paladar, boca seca, halitose e presença de bolsa periodontal diminuíram também. No entanto, como em todo processo de educação, algumas das informações dadas aos pacientes não são compreendidas ou aderidas de maneira integral, pois mesmo havendo uma orientação contínua e horizontal, ainda se encontram falhas. Portanto, diante a comparação dos dados e observações supracitadas, foi possível evidenciar como o projeto está mudando a vida dessas pessoas garantindo saúde e qualidade de vida, fazendo o papel da Atenção Básica (AB) de reconhecer o conjunto de necessidades em Saúde e organizando respostas de forma adequada e oportuna, impactando positivamente nas condições de saúde da população.

Diabetes; interprofissionalismo; autocuidado