Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ABUSO SEXUAL: CONCEPÇÃO DA ENFERMAGEM NO CONTEXTO DA SAÚDE FAMILIAR
Mara Cristiany Rodrigues Spinola, Raissa Mayara Pereira Machado, Lília Maria Nobre Mendonça Aguiar

Última alteração: 2018-04-10

Resumo


INTRODUÇÃO: O abuso sexual contra criança e adolescente ocorrem quando os mesmos são utilizados como objetos de satisfação dos desejos sexuais de um adulto, causando-lhes assim danos físicos, psicológicos, emocionais e sociais, ao considerar que a criança e o adolescente não possuem maturidade plena nem independência emocional para consentirem o ato sexual, permitindo inferir assim que tal ato ocorrera por conta de algum tipo de coerção psicológica ou física. O abuso sexual contra crianças e adolescentes tem origem nas relações desiguais de poder. Dominação de gênero, classe social e faixa etária, sob o ponto de vista histórico e cultural, contribuem para a manifestação de abusadores e exploradores. A vulnerabilidade da criança, suas dificuldades de resistir aos ataques e o fato de a atual revelação do crime não representar grande perigo para quem o comete são condições que favorecem sua ocorrência OBJETIVO: Objetivou-se caracterizar as formas de identificação e intervenção da enfermagem na atenção primária à saúde em relação aos eventos de abuso sexual infantil. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica. RESULTADOS: De acordo com um balanço realizado pela Unidade do ProPaz de Santarém, de janeiro a agosto de 2016, foram registrados junto a delegacia especializada no atendimento de crianças e adolescentes, 57 casos de estupro de vulnerável, sendo 55 contra crianças do sexo feminino e 2 contra crianças do sexo masculino. No mesmo período foram registrados 75 casos de suspeita de abuso sexual contra crianças e adolescentes, sendo 71 envolvendo crianças do sexo feminino e 4 do sexo masculino. A notificação tornou-se obrigatória para os profissionais de saúde por meio da Lei Federal, Portaria nº 1968/2001 MS, que orienta também que a notificação seja encaminhada para a vigilância epidemiológica, para auxiliar no planejamento de políticas públicas. É dever do enfermeiro compartilhar com outros profissionais de saúde as informações sobre o caso de criança, visando o seu melhor atendimento e proteção. Deste modo é necessário incorporar um sistema de notificação na rotina dos serviços preventivos, assistenciais e educacionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressalta-se, a necessidade do profissional Enfermeiro aprimorar suas competências educativas para efetivar ações na atenção primária em saúde com intuito de amenizar agravos relacionados à violência sexual e estar alerta as transformações e necessidades da sociedade atual.


Palavras-chave


Assistência de Enfermagem, Abuso sexual, Intervenção de Enfermagem