Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EDUCATIVAS COMO UMA FERRAMENTA DE APOIO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Amanda Sthefpanie Ferreira Dantas, Bárbara Lima Santos, Elielson Paiva Sousa, Erika Rêgo da Cruz, Jayme Renato Maia Abreu Cordeiro, Bruna Damasceno Marques, Daiane de Souza Fernandes

Última alteração: 2017-12-07

Resumo


Apresentação: Os avanços científicos da área médica possibilitaram o aumento da expectativa de vida populacional, em paralelo a história da humanidade. E hoje a população mundial encontra-se em um processo acelerado de envelhecimento, embora esta situação seja familiar para os países desenvolvidos, atualmente encontram-se também em nações ainda desenvolvimento, a exemplo do Brasil, e isto acarreta consequências tanto sociais quanto econômicas às quais serão necessárias novas adaptações à essa realidade populacional. E o processo de envelhecimento provoca principalmente o comprometimento do Sistema Nervoso Central (SNC) no qual é afetado por fatores intrínsecos e extrínsecos do indivíduo e estas alterações reduzem progressivamente a sua capacidade intelectual como o Alzheimer, Parkinson e outras doenças. O Declínio da Capacidade Cognitiva (DCC) manifesta-se decorrente dos processos fisiológicos esperados pelo envelhecimento do próprio organismo, resultante das alterações de células e tecidos, aumentando então o risco do estágio de transição para as demências. E este transtorno de memória é uma síndrome clínica na qual se relaciona com às perdas neuronais e danos à estrutura cerebral, tendo natureza crônica e gradativa que aumenta exponencialmente com o avançar da idade, levando o indivíduo afetado a apresentar alterações tanto cognitivas quanto funcionais as quais interferem nas suas atividades cotidianas, como a atenção, pensamento, orientação, compreensão, linguagem, julgamento entre outros. Pela perda da autonomia e independência, por vezes associada à falta de amparo social e de saúde pública, ocasiona como um medida solutiva a internação em Instituições de Longa permanência para Idosos (ILPI), ou seja a motivação dos familiares ou cuidadores tem precedentes multifatoriais. E com essa mudança de ambiente juntamente com o isolamento familiar, provocado pela institucionalização e isolamento social, correlaciona-se com a alta prevalência de transtornos de múltiplas funções cognitivas nesse âmbito. Por isso, evitar os fatores de risco ou mudar os comportamentos prejudiciais ainda nas fases iniciais pode fazer com que o avanço das doenças neurodegenerativas possa ser reduzido e assim oferecer uma maior qualidade para essa faixa etária. Nesse sentido é importante desenvolver ações educativas para instigar a cognição da pessoa idosa institucionalizada e assim evitar ou retardar os distúrbios, como um método de combate e prevenção de agravos, por isso é imprescindível proporcionar estimulo neuronal por meio de ferramentas que auxiliem a saúde da população em vulnerabilidade, como os jogos. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante o desenvolvimento de uma ação educativa m saúde para idosos em uma Instituição de Longa Permanência. Descrição da experiência: trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva que visa afirmar a importância das ações educativas como um ferramenta de apoio para a prevenção de agravos e para a promoção da saúde mental em idosos institucionalizados. O estudo foi vivenciado pelos acadêmicos do 3º semestre do curso de enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), durante o mês de Agosto de 2017 no ILPI Cidadela João de Deus em Marituba, região metropolitana de Belém, durante as aulas teóricas e práticas da disciplina de Atenção Integral a Saúde do Adulto e Idoso, supervisionada pela docente que permaneceu no apoio durante a dinâmica. E para darmos início a ação educativa, foi solicitado que o público alvo se dividissem em 4 grupos, sendo que cada time recebeu um estudante responsável por guiar e estimular a participação ativa dos idosos durante a dinâmica do jogo. Posteriormente, foi distribuído o modelo do quadro todo preenchido com as ordens das cores das peças para que as equipes pudessem se guiar durante a confecção de um novo quadro pertencente a cada time. Sendo assim, estas equipes deverão copiar rigorosamente a exata posição referentes as cores dessas peças de acordo com o quadro modelo disponibilizados a cada grupo. Em seguida, houve a entrega dezesseis peças mescladas quadradas compostas por tons contrastantes (rosa, amarelo, verde e azul) a esses grupo, juntamente com um quadro branco apenas demarcado com os espaços para colocarem as peças referentes aquela cor no seu devido local de acordo com o molde apresentado e a equipe vencedora será aquela que completar a montagem em menos tempo. Resultados e/ou impactos: A ação educativa obteve-se excelentes repercussões nas quais satisfizeram os objetivos propostos pela dinâmica, pois foi um momento singular de incentivo da cognição para a pessoa idosa com o intuito de evitar ou retardar os distúrbios mentais, como um modelo que se mostrou eficaz no combate e na prevenção de agravos. Além disto, os idosos se mostraram bastantes ativos e participativos durante todo o jogo, conseguindo aproximar e ou/ desenvolver uma integralização entre os membros do time. Tal como, isto demonstrou que é fundamental fomentar instrumentos diferenciadas os quais proporcionam muito além de estímulos neurais, mas também incentivam a socialização entre esse público em vulnerabilidade. E foi percebido que por essa mudança de ambiente provocada pela institucionalização, uma das situações mais corriqueiras que podem vim a desencadear agravos é pela depressão e tendência a ansiedade provocadas por isolamento social na qual podem ser apontadas como um fator de alto risco para o déficit cognitivo e demências. E notamos que o declínio intelectual desses idosos em ILPI é elevado, se comparado a outros idosos da comunidade, sugerindo que a institucionalização é um fator relevante ao déficit mental. Considerações finais: Por isso, observamos que é necessário o desenvolvimento permanente de ações educativas direcionadas aos idosos, com enfoque nos institucionalizados, como um instrumento eficiente de auxílio na prevenção de agravos e a promoção da saúde cognitiva. Assim como, é fundamental desenvolver estratégias de acolhimento que visem elaborar abordagens mais adequadas ao público, levando em consideração suas singularidades com o intuito de criar um forte elo de confiança e segurança entre o profissional da saúde juntamente com o idoso, afim de melhor a assistência prestada. Além disso, é imprescindível disponibilizar uma escuta mais sensível oferecida pela equipe de enfermagem, com o objetivo de permitir que o idoso expresse as suas angustias e preocupações, para ajudá-los a superar a condição de institucionalização da melhor maneira possível para preservar a sua saúde mental durante o seu processo de aceitação e adaptação. Logo é papel da enfermagem, planejar, organizar, construir e fomentar ações educativas em saúde tanto individualizadas quanto no âmbito coletivo, levando em consideração as limitações físicas, ambientais e mentais dos indivíduos em questão. Assim sendo, o enfermeiro precisa atualizar e reciclar os seus conhecimentos referente a pessoa idosa, principalmente os institucionalizados e sujeitos ao déficit cognitivo, sendo que este cuidado exige interdisciplinaridade dos saberes com o intuito de diminuir o impacto que a problemática pode acarretar tanto ao idoso quanto para a sociedade como um todo.

 


Palavras-chave


Educação em Saúde, Saúde do Idoso Institucionalizado, Promoção da Saúde