Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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OS DESAFIOS A GESTÃO PARTICIPATIVA EM SAÚDE NO SUDESTE DO PARÁ
Eric Renato Lima Figueiredo, Solange Conceição Albuquerque de Cristo

Última alteração: 2017-12-05

Resumo


Apresentação: Este artigo apresenta resultado de pesquisa e desenvolve reflexão sobre as possibilidades do exercício do controle social, especificamente na área da saúde no sudeste do Pará. A pesquisa procurou: a) explicitar as reais dificuldades que os Conselhos de Saúde têm tido de mobilização e organização na atual conjuntura; b) identificar as lideranças e interesses presentes nos Conselhos Municipais de Saúde no sudeste do Pará, especialmente em Marabá e Parauapebas; c) identificar as necessidades de investimentos governamentais no setor de saúde no Estado do Pará. Desenvolvimento do trabalho: O modelo de pesquisa é de abordagens qualitativa e quantitativa, exploratória e documental, buscando evidências para delinear a capacidade de alocação de investimentos nas estruturas de saúde. O conceito trabalhado na pesquisa é o do controle social. O controle social tem sido o centro das discussões e práticas de diversos segmentos da sociedade como sinônimo de participação social nas políticas públicas, em especial na de saúde. A participação é concebida na perspectiva do controle social exercido por segmentos da sociedade civil sobre as ações do Estado, no sentido, deste atender aos interesses da maioria da população. A participação política satisfaz-se tendo em vista a comunidade como um todo. Ela é uma prática ético-política e tem a ver tanto com a questão do poder e da dominação quanto com a do consenso, tanto com a coerção quanto com o consentimento. Por interferência da participação política, indivíduos e grupos tentam fazer com que o poder se democratize e seja compartilhado. Resultados: Diante disso, a pesquisa identificou que o Conselho Municipal de Saúde de Marabá precisa avançar no sentido de fazer valer o controle social. O município ainda mantém um tipo de política autoritária, paternalista e ainda pouco democrática. O perfil dos Conselheiros e do Conselho de Saúde de Marabá, de acordo com questionário aplicado, avaliou os mais atuantes nas reuniões, portanto foi trabalhado uma amostra levando em conta a qualidade dos dados coletados, de acordo com a participação e atuação no conselho, e mostram aspectos que ajudam a compreender o que pode contribuir para o avanço das decisões do Conselho, e o que pode estar limitando sua atuação. Considerações Finais: Parauapebas permitiu, através dos dados levantados, assim como das informações divulgadas na mídia, especialmente a escrita, conhecer problemas que precisam ser enfrentados. Identificou-se as limitações impostas pela realidade local. O Conselho Municipal de Saúde de Parauapebas apresenta resultados que contribuem para o fortalecimento do controle social naquela região. De acordo com pesquisas, e análises desenvolvidas, entende-se que os Conselhos de Saúde no sudeste do Pará não conseguiram ainda cumprir a função de participar na formulação de estratégias da política de saúde.

Palavras-chave


Controle Social, Conselhos de Saúde, Gestão Participativa em Saúde